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Atraso salarial faz capitão da seleção deixar o Brasil

VÔLEI Bruninho não recebia pagamento desde o mês de outubro no time que era bancado por empresa de Eike

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

O levantador Bruninho, capitão da seleção brasileira de vôlei, anunciou sua saída do time do Rio, atual campeão nacional, para jogar pelo Modena, da Itália, devido ao atraso de salários.

Ele se despediu ontem dos companheiros e já quer treinar amanhã no time italiano, um dos principais do país, pelo qual atuou em 2011.

Bruninho disse que apenas o primeiro salário da temporada foi pago. Como a Superliga começou em setembro, completam-se quatro meses de dívida agora em janeiro.

"Momento muito chato, nunca tinha acontecido comigo. A proposta [do Modena] veio perto do Natal e ouvi mais uma resposta negativa aqui [sobre novo patrocínio no Rio]. Tive que pensar com a cabeça, não com o coração. Eu não queria sair", afirmou Bruninho à Folha.

Chamada de RJX desde 2011, a equipe tinha como principal patrocinadora a OGX, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista.

Em novembro, em meio à crise do grupo, a petrolífera cortou o apoio ao time.

O contrato de direito de imagem dos principais jogadores era feito com a empresa de Eike. E cerca de metade do time não está recebendo os pagamentos mensais.

Já os demais jogadores têm contrato com patrocinadores secundários, como a Furnas, e recebem em dia.

"Lá não vou conseguir 50% do contrato que tinha aqui [no Rio]. Mas não é só dinheiro, é motivação. E a angústia de chegar no treino sem concentração, sem foco. Não quero ser rebelde, quero o justo, temos que ser profissionais", explicou o levantador.

No fim de novembro, o central Maurício Souza, também da seleção, foi o primeiro a deixar o time do Rio para jogar na Turquia. "Eu não sei quantos ainda vão ficar, muitos têm filhos e família", disse Bruninho, ontem à noite.

A equipe continua na Superliga, mas com o nome de RJ Vôlei e sem a marca da empresa de Eike no uniforme.

O time é o atual terceiro colocado da competição.

Capitão, destaque e um dos líderes da seleção, Bruninho acredita que a mudança não vai prejudicá-lo em relação às futuras convocações da equipe nacional, comandada pelo seu pai, Bernardinho.

A direção do RJ Vôlei não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.

Em nota, a Confederação Brasileira de Vôlei disse esperar que "um novo parceiro seja encontrado o mais rapidamente possível" pelo time e "as pendências sejam devidamente regularizadas".


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