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Entrevista Luiz Gustavo

Estou acostumado a ter sempre de provar quem sou

Titular da seleção brasileira, volante diz encarar desconfiança com naturalidade

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

Entre os titulares da seleção que venceu a Copa das Confederações em junho do ano passado, Luiz Gustavo era o menos badalado.

Seu nome causava estranheza em boa parte da torcida, embora ele fosse, àquela altura, titular do Bayern de Munique, campeão europeu.

Discreto, como ele mesmo se define, Luiz Gustavo conquistou espaço, embora ainda haja quem o questione.

No Brasil para compromissos com patrocinadores e para acompanhar o nascimento de seu primeiro filho, o jogador disse à Folha estar habituado com a desconfiança.

Se, por um lado, Felipão tem prestigiado o volante, o técnico Pep Guardiola, ao assumir o Bayern, não se entusiasmou com o jogador e lhe avisou que não seria titular.

Luiz Gustavo aceitou integrar o Wolfsburg, time de porte médio da Alemanha. "Eu precisava jogar para ir à Copa do Mundo", conta.

Folha - Por ser o menos conhecido do grupo, você se sente questionado na seleção? Acha que pode não ir à Copa?

Luiz Gustavo - A minha história é sempre a mesma. Estou acostumado a ter de sempre provar quem sou. Foi assim no Bayern, quando cheguei, e na seleção. Na minha carreira, sempre houve a necessidade de mostrar, de responder a quem diz "vamos ver se ele é mesmo isso que falam". Mas eu procuro não ficar muito preocupado. Porque o máximo que eu posso fazer é trabalhar. Mais do que isso, eu não posso fazer.

Você ganhou vários títulos pelo Bayern, mas saiu quando o Guardiola chegou ao clube. Como lidou com isso?

Eu tentei entender o motivo de não ser aproveitado. Conversei com ele, que disse ter algumas preferências [Guardiola levou para o Bayern o também volante Tiago Alcântara, que estava no Barcelona].

É difícil sair de um time que conquistou tudo. Eu fiquei triste. Mas fiz força para assimilar e, no fim, foi melhor para todos. Estou feliz no Wolfsburg. Eu precisava jogar para ir à Copa e, no Wolfsburg, teria espaço para jogar.

Você foi convocado por Mano Menezes em 2011 e depois passou um ano sem ser chamado. Nessa época, você chegou a se arrepender de não ter se naturalizado, como chegou a cogitar antes da primeira convocação?

Foi estranho. Eu fiquei um ano sem ser convocado e não entendi por quê. Joguei dez minutos em um jogo e um tempo de outro, não fiz nada errado. Mesmo assim, nunca me questionei se deveria ter aceitado me naturalizar alemão. Queria jogar pelo Brasil. Nunca me vi como alemão.

Você já é reconhecido nas ruas aqui no Brasil?

Atualmente, sim. Poso para uma foto ou outra, mas nada exagerado.

Você foi companheiro do Ribéry no Bayern. Acredita que ele tenha chance de ganhar a Bola de Ouro da Fifa?

Estou torcendo por ele. Ele merece vencer. Não só pelo futebol dele, pelas conquistas que ele teve com o Bayern, mas pela maneira simples como ele é fora de campo, apesar do patamar que já atingiu.


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