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Tostão

Pato e Ganso submersos

Conceitos obsoletos continuam presentes; outros antigos, atuais, são vistos como ultrapassados

Existe uma grande expectativa, esperança, de que Pato, sob o comando de um novo treinador, em um novo ano, deixe de ser um menino mimado, cresça, brilhe e faça muitos gols. Por jogar no Corinthians e ter fama, muito maior que seu talento, basta Pato fazer alguns golzinhos seguidos para muitos o pedirem na seleção brasileira, ainda mais com a carência de ótimos atacantes.

Nunca achei que Pato fosse um excepcional atacante ou uma promessa de craque, mas ele é um bom jogador, que deveria ter brilhado no fraco Brasileirão. Ficar na reserva do Corinthians foi surpreendente.

Começaram os treinos, e Pato continua na reserva. Escutei várias vezes que não dá para jogarem, juntos, ele e Guerrero. Quem inventou isso? Deve ser porque a moda é ter três meias e um centroavante. Grandes equipes, como Manchester City, Manchester United, Juventus, Atlético de Madrid e outras, possuem uma dupla de atacantes na frente. Mais importante para definir se é melhor atuar com três meias e um centroavante ou com dois meias (um de cada lado) e dois atacantes é a qualidade dos jogadores.

Hoje, o time deve jogar com Guerrero e mais três meias (Romarinho, Danilo e Rodriguinho). Não dá para ninguém ficar animado.

Para alguns moderninhos, as duplas de atacantes estão ultrapassadas. Enquanto isso, muitos conceitos e chavões obsoletos continuam presentes, vivos. Escutei, nessa semana, que Muricy deveria formar um forte sistema de marcação no meio para deixar Ganso livre, criando. Parece até que ele é um Zidane.

Esta estratégia e a de usar apenas os laterais, no apoio e no ataque pelos lados, predominaram no futebol brasileiro durante os últimos 20 anos. Pior, continuam.

Hoje, as grandes equipes formam duplas pelos lados, com os laterais e meias (ou atacantes), na defesa e no ataque, e possuem, no máximo, um volante mais recuado. O outro volante e os meias (armadores) avançam e recuam. Os times defendem e atacam com muitos jogadores.

A seleção brasileira, com dez titulares que atuam na Europa, joga no estilo atual europeu. Se atuasse no Brasil, a seleção, coletivamente, seria muito pior.

ANISTIA À VISTA

Neste ano está evidente que os clubes do país diminuíram os gastos. Seria uma nova postura, mais responsável, de não gastar mais do arrecadam, ou o motivo é a Copa do Mundo, que atrapalha o calendário e concentra todos os investimentos? Outra razão seria a ausência dos clubes paulistas na Libertadores. Eles, normalmente, investem mais.

Uma outra possibilidade, que não anula as anteriores, é a de que houve um acordo entre governo e clubes. O governo perdoaria as dívidas, pelo menos grande parte delas, e os clubes, de verdade ou de mentirinha, passariam a gastar menos, para o governo justificar a anistia.


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