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'Perdido em campo', Santos escapa de derrota
PAULISTA Dominado, time de Oswaldo de Oliveira marca só no fim e empata com o Audax
"Eles [jogadores do Santos] estão meio perdidos em campo. Temos que aproveitar isso e voltar para o segundo tempo da mesma forma."
A frase, de uma sinceridade incomum no mundo do futebol, dita pelo atacante Caion, do Audax, mostra como o Santos esteve muito próximo de sofrer sua primeira derrota na temporada.
A equipe alvinegra poderia ter sido goleada pelo caçula da primeira divisão paulista. Saiu no lucro: empate por 1 a 1, no Pacaembu, pela segunda rodada do Estadual.
"O empate está de bom tamanho. Pelo jogo que foi, apertado, foi gol com gosto de vitória", disse o zagueiro Jubal, autor do gol do empate, aos 43 min da etapa final.
O resultado positivo valeu por manter o Santos na liderança do Grupo C, com quatro pontos --derrotou o XV de Piracicaba na estreia.
Porque o futebol mostrado só serviu para preocupar o técnico Oswaldo de Oliveira.
Desfalcado de três titulares certos para 2014 (o zagueiro Edu Dracena, o volante Arouca e o atacante Leandro Damião), além dos meias Cícero e Montillo, de saídas já encaminhadas, o Santos foi completamente dominado.
Por boa parte do jogo, ficou apenas correndo atrás dos jogadores do Audax, que trocavam passes curtos em um estilo semelhante (ainda que incomparável) ao do Barcelona e se movimentavam em campo de maneira incomum, sem guardar posição.
O estilo de jogo praticado pelo clube presidido pelo ex-volante Vampeta rendeu 18 finalizações (contra 12 do Santos). Um gol e muitas chances perdidas.
O gol saiu cedo, aos 13 min do primeiro tempo, quando Rafinha partiu pela esquerda, deixou um marcador no chão, se livrou de outro rival e cruzou na cabeça de Caion.
O mesmo Caion que perdeu pelo menos duas outras oportunidades claras de gol. O goleiro Aranha também salvou o Santos ao sair nos pés de Nenê Bonilha quando o ex-jogador do Corinthians invadiu sozinho a área santista.
Mesmo dominado e sem produzir muito, o time do litoral fez o Audax pagar pela incompetência ofensiva.
Em uma jogada isolada, um escanteio, Jubal apareceu para cabecear. Ao festejar o gol, o técnico do Santos fez banana para torcedores que já o chamavam de burro.
