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F-2014

Na Espanha, 10 das 11 equipes colocam à prova série de novidades técnicas no primeiro de 12 dias de testes antes do início do Mundial

TATIANA CUNHA TIAGO RIBAS DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO

Até agora foram apenas algumas fotos, imagens geradas por computador e curtas gravações de áudio. Mas hoje a F-1 começa a mostrar de fato a cara --e o som-- que terá na temporada deste ano.

A partir das 6h (de Brasília) e até sexta-feira, o circuito de Jerez de la Frontera, no sul da Espanha, será o cenário da primeira de três sessões de treinos antes do começo do campeonato, no dia 16 de março, na Austrália.

Neste ano, o regulamento técnico da categoria, que esteve praticamente congelado nas últimas temporadas, sofreu uma grande revolução. Justamente por isso, a confiabilidade dos pacotes deve ditar os rumos deste Mundial.

A principal preocupação das equipes é com os motores, que foram "promovidos" a unidades de potência e são compostos por seis elementos, entre eles o propulsor e o turbo, que retorna à F-1. Os motores deixam de ser V8 de 2,4 l para ser V6 de 1,6 l.

Fora isso, o complexo sistema de recuperação de energia (ERS), um novo sistema de refrigeração e o controle eletrônico dos freios traseiros prometem dar bastante dor de cabeça para as escuderias.

"Nosso principal foco é mais na unidade de potência e demais sistemas do que na performance dos chassis, da aerodinâmica e dos pneus", explicou Paddy Lowe, diretor técnico da Mercedes, um dos dez times que estará em Jerez --única ausente será a Lotus, cujo carro não está pronto.

"Queremos entender se o pacote fundamental do carro e seus sistemas estão funcionando adequadamente."

MAIS MUDANÇAS

Além dos novos motores, ainda há várias outras novidades, entre elas o limite de 100 kg de combustível por corrida (antes era liberado).

Para compensar essas limitações, os times poderão utilizar mais potência dos ERS. Já o Kers, sistema usado desde 2011 que recupera energia das freadas e transforma em potência, será maior e poderá ser usado por mais tempo.

O sistema de gerenciamento de energia é tão complexo que as equipes desenvolveram programas de computador próprios para administrar o uso de combustível e energia dos ERS durante os GPs.

"Isso será uma parte fundamental dos carros. É o que vai diferenciar as equipes de ponta das equipes de fundo do grid", disse Ricardo Penteado, chefe dos motores Renault para a Toro Rosso.

A complexidade dos sistemas e a necessidade de economizar combustível devem colocar pilotos com bom conhecimento sobre o funcionamento do carro e capacidade de pensar a corrida estrategicamente em vantagem sobre os que contam só com o talento natural para pilotar.

Visualmente, a principal alteração é nos bicos dos carros, que ficaram muito mais baixos para evitar que os veículos decolem em caso de contato com a roda de outros, numa mudança semelhante à que ocorreu em 2012, quando os modelos apareceram com "degraus" nos narizes.

Os chassis em 2014 ficaram um pouco mais baixos, o que mudou ligeiramente a posição dos pilotos no cockpit. Já as asas traseiras e dianteiras ficaram um pouco menores.

"A verdade é que todo mundo na F-1 está à beira do desconhecido neste momento", disse Jenson Button, da McLaren, campeão em 2009.


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