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Crise sem trégua

Um dia após invasão em treino, Corinthians tem dois expulsos e, sob protestos da torcida, perde 3ª seguida

Um dia depois de ter o seu centro de treinamento invadido por torcedores, o Corinthians viveu mais um dia nervoso ontem: sob fortes protestos da torcida, perdeu da Ponte Preta em Campinas por 2 a 1, na terceira derrota seguida do time no Paulista, o que não ocorria desde 2004.

Os zagueiros Paulo André --um dos líderes do elenco-- e Gil foram expulsos por entradas violentas. O novo revés deixou a equipe na vice-lanterna do Grupo B, com seis pontos em cinco partidas.

Nos minutos finais do duelo, um grupo de torcedores, ligados às organizadas, se posicionou próximo à entrada dos vestiários, atrás de um dos gols do estádio Moisés Lucarelli, e passou a cobrar.

Além de exigir empenho, eles ofenderam o atacante Alexandre Pato, que entrou no segundo tempo, e o gerente de futebol, Edu Gaspar.

Também exigiram contratações e fizeram ameaças. "Ou joga por amor ou joga por terror", gritaram, em coro.

A invasão ao CT, com agressões, furtos e ameaças por parte dos torcedores, repercutiu até momentos antes do jogo. O elenco cogitou não entrar em campo, e a diretoria deu aval para que aqueles que não estivessem em condições não viajassem.

Mas a delegação viajou completa, inclusive o atacante Guerrero, um dos mais abalados pelo episódio --segundo o presidente do clube, Mário Gobbi, ele foi "esganado" por torcedores na invasão (leia texto nesta página).

O temor dos jogadores era tanto que o Corinthians viajou "camuflado" a Campinas: usou um ônibus alugado de uma companhia de turismo para viajar, em vez de utilizar seu próprio veículo, estilizado com suas cores e escudo.

Ninguém da agremiação confirmou se foi uma estratégia de segurança. O veículo teve escolta da Polícia Militar desde o CT do clube, na zona leste de São Paulo, além de seguranças particulares.

Antes mesmo do jogo, todos os atletas disseram que não dariam entrevista.

Apenas o técnico Mano Menezes falou e quase não comentou a derrota. "Com tudo que aconteceu, minha vontade era ir para casa. Mas o futebol tem de vencer a violência. Os clubes precisam se unir a segmentos da sociedade para combater isso."

O JOGO

O time apresentou as mesmas falhas da última quarta-feira, quando foi goleado pelo Santos. Além de finalizar pouco, sofreu gols no início de cada tempo, após falhas, especialmente nas laterais.

O primeiro nasceu de cruzamento de Ademir, da esquerda, para Alemão. No segundo, Alemão se livrou da marcação do lado direito e tocou para Ferrugem.

O gol corintiano foi marcado pelo lateral esquerdo Uendel, ex-Ponte. Foi o único momento de toda a partida em que a equipe teve apresentação superior à do rival.


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