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Fábio Seixas

Sábado de aleluia

Equipes, Ecclestone e Pirelli têm em mãos um bom plano para salvar os treinos de classificação

Daqui a uma semana, no Bahrein, os mandachuvas da F-1 vão se reunir para salvar os sábados.

Há uma tragédia pintada no horizonte. E, sim, finalmente alguém teve uma boa ideia.

O pepino: com os carros ainda sofrendo com o novo regulamento, a tendência é que os pilotos completem ainda menos voltas nos três blocos do treino classificatório.

O Q3 sofreria mais. Largar em oitavo, poupando equipamento, pode ser mais vantajoso do que sair em segundo com um carro mais rodado e pneus já no limite. Em dez ou menos voltas, essa diferença se resolve.

A tal boa ideia é, na verdade, antiga: a volta dos pneus de classificação. Os pilotos usariam, no último bloco da sessão classificatória, um ou dois jogos extras dos compostos mais macios à disposição no final de semana. E largariam com os pneus utilizados no Q2.

Uma correção de rota. Quando Ecclestone pediu para a Pirelli produzir os "pneus-farofa", ninguém lembrou de mexer nos sábados.

Desde 2010, os pilotos são obrigados a largar no domingo com os mesmos pneus do Q3. O resultado, desde a adoção de pneus mais frágeis, é o marasmo: pilotos saindo dos boxes para duas ou três voltas e mais nada. Com frequência, há quem prefira ficar dos boxes.

A Pirelli, fornecedora única da categoria desde 2011, é simpática à ideia. Até porque limparia um pouco sua barra, diminuiria a má impressão deixada nos últimos anos.

Em um mundo ideal, a empresa passaria a produzir pneus especiais, extramacios, para o Q3. Era assim até 1991 e me lembro da aura que existia em torno dos "pneus de classificação", como se fossem um poção mágica, um estalo capaz de tornar os carros ainda mais velozes na hora do vamos ver.

Há uma questão financeira. Quem pagaria por esses pneus? E esse será um dos pontos discutidos na semana que vem, durante a segunda bateria de testes pré-temporada.

Pirelli, Ecclestone e equipes poderiam rachar a conta. Ficaria bom para todos.

Principalmente para os fãs.

ALVO

E a Red Bull? É a pergunta que a F-1 faz. E que começa a ser respondida na próxima semana. Serão quatro dias de testes. Depois, haverá mais uma bateria de quatro dias. E mais nada.

Não é preciso ser adivinho para imaginar o ritmo de trabalho em Milton Keynes nas últimas semanas.

"Havia alguns pequenos problemas do nosso lado. E outras pequenas questões com a Renault. Mas esses carros são tão complicados que detalhes acabam causando grandes complicações", disse Christian Horner à TV inglesa, aparentando tranquilidade.

Sinceridade, blefe ou nervos de aço? A verdade será revelada a partir de quarta-feira, no meio do deserto.


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