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CBF pede à Conmebol que exclua Real Garcilaso da Libertadores

RACISMO
Marin quer punição máxima a clube peruano por ofensas contra volante Tinga

DO RIO DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O presidente da CBF, José Maria Marin, vai pedir a eliminação do Real Garcilaso da Libertadores por racismo.

O documento será enviado ao presidente da Conmebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol, o uruguaio Eugênio Figueredo, e ao Tribunal Disciplinar da entidade

Na quarta-feira, torcedores do clube peruano fizeram gestos e sons imitando macaco todas as vezes que o volante Tinga, do Cruzeiro, tocava na bola. O jogador começou a partida no banco de reservas e entrou em campo aos 20 min do segundo tempo.

Marin enviará ao tribunal um pedido de exclusão da equipe ou a perda dos pontos conquistados na partida. Os peruanos venceram os mineiros, por 2 a 1, em Huancayo, a 300 km de Lima, pelo grupo 5 do torneio continental.

"É hora de exterminar as demonstrações de racismo. Se o clube for exemplarmente punido, a Conmebol receberá o reconhecimento mundial pelo feito", afirmou Marin no pedido.

O mandatário da CBF não é a única figura importante a pressionar a entidade sul-americana a punir o Real Garcilaso. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e o do Peru, Ollanta Humala, condenaram publicamente o comportamento dos torcedores.

O presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, que vai julgar o Garcilaso caso seja denunciado, admitiu que o episódio tem viés político.

"Com todo esse peso político, o caso ganha atenção especial. Não irá mudar o resultado do julgamento, mas o grau de preocupação em acertar vai ser maior que o normal", disse Caio César Vieira Rocha, que, por ser brasileiro (país de um dos times envolvidos), não poderá participar do julgamento.

O código da Fifa sobre racismo prevê penas que vão de multa e jogos como mandantes com portões fechados à exclusão de competição, como solicitado pela CBF.

"Tivemos a notícia de que o tribunal vai aplicar pena de campo. Se for isso, considero uma punição muito branda diante do que aconteceu", disse o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares.

A recomendação da Fifa é que racismo de torcedores seja punido inicialmente com multa e partidas sem torcedores caso o clube não seja reincidente. (SÉRGIO RANGEL, RAFAEL REIS E LILIANE PELEGRINI)


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