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Operação apreende drogas, rojões alterados e dinheiro

CORINTHIANS Ação ocorre um ano após morte do boliviano Kevin Espada

DE SÃO PAULO

No dia em que a morte do jovem boliviano Kevin Beltrán Espada, 14, completou um ano, a Polícia Civil apreendeu cinco rojões na sede da Camisa 12, uma das torcidas organizadas do Corinthians.

Quatro deles estavam alterados para aumentar o poder de alcance e destruição.

Em 20 de fevereiro de 2013, Espada foi atingido no olho por um sinalizador naval atirado pela torcida corintiana presente em Oruro, na Bolívia. Até hoje, ninguém foi condenado pelo crime.

"Isso vai fazer com que seja aberto um outro inquérito", disse a delegada Elisabete Sato, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Na Operação Hooligans, na madrugada de ontem, a Polícia Civil cumpriu dois dos cinco mandados de prisão pela invasão ao centro de treinamento do Corinthians.

Também foram encontradas armas, drogas e dinheiro. Danilo dos Santos Gomes foi preso em flagrante na sede da Camisa 12 portando um revólver calibre 38. Na quadra da organizada, a polícia apreendeu R$ 18.496 e pequenas quantidades de maconha.

Na Gaviões da Fiel foram apreendidos três computadores, R$ 2.158 e US$ 3.680 (R$ 8.755). "No caso da Camisa 12, o que nos disseram é que o dinheiro era proveniente da venda de ingressos. A Gaviões explicou os dólares falando ser um empréstimo pago por torcedores pela ida ao Japão [para o Mundial]", disse Sato.

Ontem, policiais tentaram cumprir os três mandados de prisão restantes. Não conseguiram. Não foram divulgados os nomes dos torcedores que não foram localizados.

O advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral, confirmou que um deles é Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, um dos 12 torcedores presos em Oruro. Ele ficou cerca de cinco meses preso na Bolívia. Foi solto por falta de provas.

Segundo a Polícia Civil, o advogado de Ferreira esteve no DHPP na quarta à noite. Informou que o torcedor vai se apresentar nos próximos dias.

PORTA DA FRENTE

Em depoimento após a prisão, Gabriel Monteiro de Campos disse ter entrado no CT pela porta da frente. "Ele afirmou não ter sido incomodado por ninguém", declarou a diretora do DHPP.

O comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, já havia acusado o Corinthians de ser conivente com as organizadas.

"Todos que estavam aqui viram que foi uma invasão agressiva. Ninguém entrou pela porta da frente", rebateu o diretor de futebol do clube, Roberto Ximenes.


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