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Atribuição do Inter-RS, tendas terão verba pública
COPA Estruturas temporárias do estádio gaúcho custarão R$ 30 milhões
A Fifa e o Ministério do Esporte anunciaram ontem que o governo do Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Porto Alegre e o Internacional selaram um acordo sobre o pagamento das estruturas temporárias que serão utilizadas no Beira-Rio durante a Copa.
O acordo para solucionar as dúvidas sobre quem bancaria essa aparelhagem prevê uso do dinheiro público.
Pra não arcar com essa conta sozinho (serão necessários R$ 30 milhões), o Inter-RS, dono do Beira-Rio, vinha argumentando que o clube tinha se comprometido apenas a entregar o estádio no padrão exigido pela Fifa.
No entanto, um aditivo do "Stadium Agreement", contrato para o estádio sediar a Copa, diz que o dono do estádio se responsabiliza pelo aluguel dessas estruturas. O acordo também indica um recuo da Prefeitura de Porto Alegre que, em reportagem publicada pela Folha no último dia 15, havia dito que "a obrigação sobre as temporárias é do detentor do estádio, no caso de Porto Alegre, o Internacional".
As estruturas temporárias incluem tendas montadas no entorno dos estádios para receber operações de imprensa, ações de patrocinadores, entre outros.
DIVISÃO DO BOLO
A ideia é que cerca de R$ 25 milhões dos R$ 30 milhões necessários seja levantado por um mecanismo de captação de recursos privados do governo estadual.
Se aprovada pela Assembleia Legislativa, a lei permitirá que as empresas que contribuírem para as estruturas provisórias ganhem isenção de impostos estaduais.
Os outros R$ 5 milhões serão investidos pelos dois governos estaduais e municipais. A promessa é que esse dinheiro seja utilizado na compra apenas de aparelhos que possam ser reaproveitados depois do Mundial.
"O Inter entrará com a cessão dos espaços, do Gigantinho [ginásio], dos locais que serão transformados em lojas depois", afirmou Luigi.
O governador Tarso Genro (PT) e o prefeito José Fortunatti (PDT) não comentaram o acordo.
