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Craque 10

Neymar usa a camisa 10 da seleção brasileira, como hoje, por sugestão da comissão técnica; na Copa, será o mais novo a vesti-la desde Pelé

MARCEL RIZZO ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO

Pouco antes da Copa das Confederações, em junho de 2013, a comissão técnica da seleção brasileira sugeriu ao atacante Neymar que ele jogasse com a camisa 10.

Para Felipão e seus auxiliares, era preciso que o público brasileiro identificasse o principal candidato a destaque naquela competição como o craque da equipe.

E no Brasil, por "culpa" de Pelé, o craque joga com a 10.

Sempre 11, no Santos e no Barcelona, Neymar aceitou a troca, usou o novo número na Copa das Confederações e também o vestirá hoje, no amistoso contra a África do Sul, às 14h de Brasília, no último teste antes da convocação para a Copa, em 7 de maio.

Com a 10, ele fez quatro gols na Copa das Confederações que o Brasil ganhou em casa e elevou o status da equipe comandada por Felipão à favorita no Mundial deste ano.

A responsabilidade na Copa do Mundo, porém, será ainda maior. Ao vestir a 10, Neymar será o mais jovem a usar o número em um Mundial desde Pelé, que em 1958 o usou com 17 anos e em 1962, com 21 --Neymar tem 22.

10 POR ACASO

Pelé usar a 10 pela primeira vez no ano do primeiro título mundial brasileiro foi uma coincidência. A CBD (CBF da época) enviou à Fifa a lista dos atletas inscritos para a Copa-1958 sem numeração. Caiu para Pelé, por acaso, o número a que seria associado para sempre.

Neymar ser o 10 não é coincidência. E pode acabar com um histórico de fracassos e de ser coadjuvante dos camisas 10 após a era Pelé.

Desde 1970, a última Copa do melhor da história, jogadores chamados de craques vestiram a 10, como Rivellino, Zico, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Quando não fracassaram por completo, foram ofuscados por outros atletas.

Em 1982, Zico fez uma ótima Copa, mas a seleção que encantou ficou marcada pela eliminação para a Itália, que foi para as semifinais ao vencer por 3 a 2.

Em 2002, Rivaldo fez com a 10 um Mundial empolgante, o do penta, mas o jogador mais lembrado até hoje pelo retorno pós-contusões e pelos gols do 2 a 0 na final contra a Alemanha é Ronaldo.

Houve até 10 na reserva, casos de Silas, em 1990, e de Raí, em 1994, ano do tetra.

PREFERÊNCIA

Com exceção de Neymar, o 10, e dos goleiros, que a Fifa obriga vestirem a 1, a 12 e a 22, a comissão técnica da seleção deixará os atletas escolherem a numeração para a Copa.

Curiosamente, Felipão tem três números de preferência, que não são o 10. O técnico gosta do 7, do 11 e do 17.

Ele costuma dar esses números aos que classifica como "diferenciados", que podem desequilibrar os jogos.

Na Copa-2002, o 17 era Denílson --um diferenciado para Felipão. Agora, pelo menos, aquele que desequilibra jogará com a 10 de Pelé.


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