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Lateral troca seleção dos EUA pela iraniana
ELIANO JORGE DE SÃO PAULOApesar das hostilidades entre americanos e iranianos, um lateral direito nascido nos EUA foi ovacionado pelos torcedores antes mesmo de entrar em campo para defender a seleção do Irã, na capital Teerã.
"Todos apoiando tanto; ainda no aquecimento, o público cantou meu nome. Foi inacreditável, marcante, nunca esquecerei. Fiquei arrepiado", contou à Folha Steven Beitashour, 27, do canadense Vancouver Whitecaps.
A seu favor havia duas fortes credenciais: ele é filho de iranianos e desistiu da seleção americana após ter apenas ficado no banco de reservas em 2012.
Cortejado pelo Irã desde 2011, aceitou novo convite em outubro do ano passado. Jogou 15 minutos na estreia, mas foi titular nas duas partidas seguintes. Está perto de realizar seu sonho de jogar uma Copa.
"[A escolha] Foi sempre pelo futebol, por nenhum outro motivo", disse o jogador, que não gosta de falar sobre as polêmicas entre os dois países.
Seu pai mudou-se para os EUA com sua mãe, para estudar engenharia elétrica na década de 1960. Por lá ficaram e tiveram filhos.
