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Tostão

Procurando Trajano

O jogo de futebol é uma disputa técnica, tática, física e também uma representação da vida

Li, em poucos dias, o delicioso livro "Procurando Mônica", escrito por José Trajano. São lembranças de sua adolescência. Desde a Copa de 2010, não o vejo pessoalmente. De vez em quando, falamos por telefone. Em 1998, antes da Copa, saí da TV Bandeirantes, recebi convites da Globo e de outras emissoras, mas preferi a ESPN Brasil, por causa de Trajano, que já conhecia. A emissora tinha poucos anos de vida.

Todos os dias, pela manhã, ligo a TV, procurando Trajano, para escutar suas opiniões inteligentes, críticas e irônicas sobre futebol (sem futebolês), música, política e todos os assuntos. Não o encontro. Acabou o "Pontapé Inicial". Mas posso vê-lo no "Linha de Passe".

O tecnicismo invadiu o futebol na televisão. As análises técnicas, táticas e as estatísticas são essenciais, desde que não sejam exageradas. O jogo é também uma representação da vida. Os sistemas táticos servem de referência, de repressão e de avisos aos atletas, de que eles não podem ultrapassar certos limites. Isso gera conflitos. Os momentos diferentes de um jogo e de uma existência se entrelaçam e formam uma história. Quando termina, dissecamos os fatos, sem as emoções do instante em que aconteceram. Muda-se a história.

A grande diferença entre a vida e o futebol é que, na vida, sempre perdemos no fim. O narcisismo humano não suporta a finitude da vida.

RACISMO

Concordo com Hélio Schwartsman, mas já pensei diferente. É absurdo fechar estádios e punir clubes e uma imensa torcida por causa de um ou de alguns vândalos e racistas. Esses precisam ser identificados, proibidos de frequentar estádios e penalizados duramente pelas leis. Na época em que jogava, o racismo, este hediondo crime, era mais frequente, e as pessoas se indignavam menos que hoje.

ENTENDIDOS

Os comentaristas gostam de elogiar a maneira de jogar dos times europeus, com dois volantes, que marcam e apoiam, alternadamente, com um meia de cada lado, que ataca e defende, e outro mais centralizado e próximo do centroavante. Quando Oswaldo de Oliveira faz o mesmo no Santos, os mesmos entendidos, como Nelson Rodrigues gostava de chamar os analistas, falam que o time fica muito ofensivo e que só pode jogar desta maneira contra os pequenos.

LIGA DOS CAMPEÕES

Se o Barcelona, com dois gols de vantagem, for eliminado hoje, em casa, para o Manchester City, viro a folha e passo a torcer para o Bayern ou para o Real Madrid, atualmente, os dois melhores times da Europa. Além dos problemas já conhecidos, o Barcelona passou a ter dificuldades para vencer os pequenos, que marcam muito atrás e não deixam espaços para a equipe trocar passes e para alguém penetrar e receber a bola dentro da área, como geralmente faz.

No Campeonato Espanhol, Neymar não tem a moleza que teve contra a fraquíssima África do Sul.


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