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CBV fará auditoria e suspende contratos após denúncias

VÔLEI
Comitê Olímpico já mostra preocupação para a Rio-2016 e fala em mancha na modalidade

PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) manifestou preocupação com as denúncias a respeito de contratos de terceirização de serviços assinados pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) com empresas de ex-dirigentes da própria entidade que rege a modalidade no país.

A ESPN revelou nas últimas semanas que duas empresas receberam R$ 10 milhões cada uma em comissões para intermediação de contratos de patrocínio, assessoria e planejamento.

O superintendente executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, disse que a preocupação existe porque espera que vôlei e vôlei de praia ganhem cinco ou seis medalhas na Olimpíada do Rio, em 2016.

"Este é um episódio que mancha um pouquinho a história da nossa modalidade, com certeza", disse Freire, em Santiago, no Chile.

O Ministério do Esporte respondeu à Folha que acompanha a crise e aguarda esclarecimentos. "Qualquer providência será tomada após esclarecimento dos fatos. Importante ressaltar que as questões não envolvem recursos do Ministério".

A CBV anunciou que vai contratar uma auditoria externa para avaliar os contratos feitos na gestão anterior.

A entidade também disse que os dois contratos em questão foram suspensos. Um preventivamente e outro encerrado no ano passado.

Na primeira denúncia, a ESPN mostrou que a empresa SMP, do ex-superintendente geral da CBV, Marcos Pina, recebeu R$ 10 milhões para intermediar contratos, como o do Banco do Brasil, patrocinador da seleção nacional.

Pina foi afastado do cargo após a revelação do caso.

O banco e a CBV dizem que o contrato foi assinado diretamente entre as partes, sem intermediários. O acordo vai até 30 de abril de 2017 e prevê confidencialidade em relação ao valor do patrocínio.

O banco diz que "solicitou explicações à CBV e aguarda resposta". O primeiro contrato entre ambos é de 1991 e o atual foi assinado em 2012.

Já a segunda denúncia diz que a empresa S4G Gestão de Negócios, de Fábio Dias Azevedo, atual diretor geral da FIVB (Federação Internacional de Vôlei), recebeu outros R$ 10 milhões por dois contratos de prestação de serviços e assessoria comercial.

Azevedo trabalhou na CBV na gestão de Ary Graça Filho. Em 2013, Walter Pitombo Laranjeiras, ex-vice, assumiu o lugar de Ary, que desde então preside a FIVB. A entidade internacional não respondeu a contato da reportagem.


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