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Enquanto aqui se discute 'armação', na Alemanha meia nega ter sofrido pênalti
DE SÃO PAULONo futebol brasileiro, a semana começou com uma discussão ética surgida a partir da polêmica entre São Paulo e Corinthians no Campeonato Paulista. Afinal, um time pode entregar uma partida para prejudicar um rival? É um recurso válido?
Já na Alemanha, ainda repercute nas redes sociais um lance de jogo que demonstra uma extrema retidão, quase impensável para os padrões do esporte brasileiro.
No último dia 8 de março, o meia-atacante alemão Aaron Hunt, do Werder Bremen, avisou ao árbitro que não tinha sofrido o pênalti que havia sido assinalado em um jogo do Campeonato Alemão (veja no YouTube).
No lance, ele caiu ao perder o equilíbrio depois de dividida com o zagueiro argentino Javier Pinola, do time do Nuremberg, mas o juiz marcou a penalidade.
Hunt levantou e disse que não havia sido nada. O árbitro, então, voltou atrás e mandou o jogo seguir.
Além de ser cumprimentado pelos adversários, Hunt foi indicado, quatro dias depois, ao prêmio Fair Play do Comitê Olímpico Alemão.
E NO BRASIL?
"Aqui isso jamais aconteceria. O jogador brasileiro adora cavar pênalti, se jogar na área", disse Serginho Chulapa, 60, ex-atacante de Santos, São Paulo e seleção.
"Na minha época os jogadores tentavam prosseguir no lance", disse Chulapa.