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Morre Bellini, 83, o capitão do 1º título do Brasil em Copas

MEMÓRIA
Ex-zagueiro sofria de mal de Alzheimer

DE SÃO PAULO

Capitão da seleção brasileira campeã mundial em 1958 e reserva na equipe do título da Copa de 1962, o ex-zagueiro Hideraldo Luiz Bellini, conhecido como Bellini, morreu ontem aos 83 anos.

O ex-jogador estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Nove de Julho, em São Paulo. A pedido da família, não foi divulgado boletim médico com informações sobre a morte do ex-zagueiro até a conclusão desta edição.

Ele será enterrado hoje em Itapira (a 164 km da capital paulista), onde nasceu.

Bellini sofria havia mais de dez anos de mal de Alzheimer, processo de deterioração do funcionamento cerebral.

No mês passado, após ficar hospitalizado por 60 dias, passou a receber acompanhamento médico em casa.

O quadro da doença vinha piorando gradativamente e, há cerca de três anos, o ex-zagueiro perdeu a fala.

BARBEIRO

Antes de jogar futebol, Bellini trabalhava como barbeiro em Itapira, sua cidade natal, no interior paulista.

Iniciou sua carreira no Itapirense e, depois de passagem pela pequena Sanjoanense, de São João da Boa Vista (SP), se consagrou no Vasco, onde chegou em 1952 e jogou até 1961.

Ganhou três Estaduais do Rio e um Rio-SP. Em 1956, foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira.

Antes de ser campeão mundial, já tinha conquistado torneios importantes pelo Brasil, como a Copa Roca.

Em 1962, foi para o São Paulo, justamente para substituir Mauro Ramos, seu reserva em 1958 e que lhe "roubou" a titularidade em 1962. Encerrou a carreira no Atlético-PR em 1969, aos 39 anos.

Bellini notabilizou-se ao criar o gesto de levantar a taça de campeão, quando o Brasil conquistou o primeiro título mundial, em 1958.

A cobertura do Maracanã, estádio que tem uma estátua que homenageia o gesto do ex-capitão da seleção, passaria a noite de ontem iluminada de verde e amarelo como deferência ao ex-jogador.

A CBF anunciou luto de três dias, e a Comissão de Arbitragem orientará os juízes a concederem um minuto de silêncio em todos os jogos do final de semana organizados pela entidade.

"Ele era [uma pessoa] extremamente humilde, conversava com todo mundo", disse ontem Antonio Hélio Nicolai, 60, sobrinho do ex-jogador. "Era maravilhoso, muito sério, ligado à família e aos amigos", lembrou.


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