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Acuado, presidente da Lusa recua sobre Justiça comum

BRASILEIRO
Pressão de diretores faz Lico mudar de ideia em 8 horas

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

Ilídio Lico é um homem pressionado. O presidente da Portuguesa disse, na manhã de ontem, que não acionaria a Justiça comum para recolocar a Portuguesa na Série A. Oito horas mais tarde, mudou de ideia e disse que vai entrar, sim, com processo.

"Você não sabe a pressão que recebo. Vem de todos os lados. Recebi mais de 400 e-mails. Eu estou temeroso mesmo. A torcida da Portuguesa é muito radical", disse o cartola, sinalizando a possibilidade de sofrer alguma represália pela desistência.

Além das mensagens eletrônicas, um grupo de diretores apresentou reivindicação, por escrito, exigindo que o clube entre com processo.

"O pedido está aqui na minha frente. Eles dizem que vão sair. Como vou administrar o clube sem o restante da diretoria?", questiona.

A briga remete ao final do Campeonato Brasileiro do ano passado. Héverton foi escalado de forma irregular na última rodada, contra o Grêmio. Estava suspenso.

A Portuguesa perdeu quatro pontos por causa disso e acabou rebaixada. O clube alega que a decisão feriu o Estatuto do Torcedor.

A Folha apurou que Ilídio Lico, desde o início, queria esquecer a ideia da Justiça Comum, mas tinha medo da repercussão de torcida, associados e conselheiros.

Pela reação que houve quando anunciou pretender se conformar com a Série B, estava com a razão.

"Não é que eu tenha medo, medo... É que você sabe como as coisas são na Portuguesa. Em qualquer lugar que a gente vai, a pressão é muito grande. As pessoas não se conformam. O jeito agora é acreditar na justiça dos homens", completou.

O Brasileiro da Série A começa em 19 de abril e a tabela já foi divulgada. Sem a Portuguesa. Embora não tenha dado prazo para dar entrada na ação, Lico garantiu que será "logo".

Único candidato à Presidência no final do ano passado, ele herdou um clube sem dinheiro e mergulhado na crise. O caso Héverton foi apenas a pá de cal.

Lico já pediu várias vezes dinheiro para o presidente da CBF, José Maria Marin, e para a FPF (Federação Paulista de Futebol), Marco Polo del Nero. Não conseguiu.

Na reunião na FPF, ontem, levou as contas do clube no Paulista. Todas no vermelho.

"Eu sou presidente do clube e preciso assumir a responsabilidade pelo que acontece. O dinheiro não está entrando. Como a gente faz?"


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