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Impasse orçamentário leva 'prefeita da Olimpíada' a entregar o cargo

RIO-2016
Maria Silvia Bastos Marques deixa o comando da Empresa Olímpica Municipal

SÉRGIO RANGEL DO RIO

Escolhida para ser a "prefeita da Olimpíada" até 2016, a executiva Maria Silvia Bastos Marques anunciou ontem sua saída da EOM (Empresa Olímpica Municipal).

O impasse sobre a indefinição da matriz de responsabilidade do evento foi determinante para a saída de Maria Silvia da entidade encarregada no município pela organização dos Jogos de 2016.

A matriz define o responsável (Estado, município ou governo federal) de cada financiamento das obras.

Desde agosto de 2011 no cargo, a ex-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) se desgastou com a lentidão da burocracia da máquina pública e pediu ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para deixar o cargo na semana passada.

Ao longo desses quase três anos, a divulgação da conta oficial dos Jogos foi adiada inúmeras vezes.

Há menos de duas semanas, os dirigentes do COI (Comitê Olímpico Internacional)deixaram o país e pediram que a matriz fosse definida em uma reunião "crucial" até o dia 27, o que não aconteceu.

Um encontro em Brasília para tratar do assunto já foi desmarcado duas vezes e deve ocorrer na quinta.

No mês passado, Gilbert Felli, diretor-executivo do COI para a Rio-2016, disse que a indefinição poderia "impactar nos prazos e nos projetos" envolvidos no evento. Em janeiro, parte da conta foi apresentada: R$ 5,6 bilhões. Mas dela não constava quase a metade das obras orçadas.

A saída de Maria Silvia surpreendeu funcionários da prefeitura e do Rio 2016 (comitê organizador dos Jogos). Ela deixou o Grupo Icatu em 2011 para ser a "prefeita da Olimpíada", como Paes gostava de se referir ao cargo.

Em nota de ontem, a prefeitura anunciou que ela deixou o cargo para "retornar ao setor privado". Segundo o comunicado, ela "continuará participando do projeto olímpico da cidade ao lado do prefeito Eduardo Paes, como conselheira especial".

SUBSTITUTO

O substituto da executiva será Joaquim Monteiro de Carvalho, herdeiro de uma das famílias mais ricas do Rio e amigo de Paes e de Carlos Roberto Osório, um dos articuladores da vitoriosa campanha da cidade em 2009.

Logo após o Rio ganhar os Jogos, Osório deixou o Comitê Olímpico Brasileiro para ser um dos principais líderes da gestão Paes. Foi secretário de Conservação e agora atua na pasta dos Transportes.

Carvalho atualmente ocupa o cargo de chefe-executivo do Imagem Rio, órgão ligado ao gabinete do prefeito.

Ele é formado em Administração de Empresas pela PUC-Rio, com especialização em Marketing Esportivo e Broadcasting pela Universidade de Nova York. Em 2012, trabalhou nos Jogos de Londres.

Foi batizado com o nome do avô, conhecido como "Baby" Monteiro de Carvalho, industrial que intermediou a vinda da Volkswagen e da Peugeot para o Brasil.


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