Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Fifa pune Barcelona por negócios ilegais com menores estrangeiros

ESPANHA
Clube leva multa leve, mas não pode contratar jogadores até julho do ano que vem

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A invasão estrangeira nas categorias de base do Barcelona pode complicar a reformulação do elenco da sua equipe profissional para a próxima temporada.

A Fifa anunciou ontem que o clube catalão não poderá realizar contratações nas duas próximas janelas de transferência (que começam em julho e janeiro) como punição pela inscrição irregular de estrangeiros menores de idade em seus times inferiores.

As negociações de saída de jogadores estão liberadas.

Segundo a entidade, dez atletas das "canteras" do Barcelona não poderiam ter sido importados pelo clube porque suas inscrições vão contra o artigo 19 do Estatuto de Transferência de Jogadores.

Os nomes dos atletas não foram revelados pela Fifa.

O regulamento proíbe menores de 18 anos de se transferir para um time estrangeiro. Para negócios entre países da União Europeia, a restrição cai para 16 anos.

A principal exceção, usada por anos por gigantes europeus para transferências de menores, é que a criança ou o adolescente pode defender um time estrangeiro caso a razão da mudança da família para o país não tenha ligação com sua carreira no futebol.

Além da suspensão de contratações até o meio de 2015, o que trava a chegada de um goleiro para substituir Victor Valdés, de saída, e de um zagueiro para o lugar de Puyol, que irá se aposentar, o Barcelona terá de pagar uma multa de cerca de R$ 1,2 milhão.

A federação espanhola também foi multada, em R$ 1,3 milão, por permitir as inscrições ilegais dos estrangeiros.

"O Barcelona não desrespeitou a legislação civil e todos os menores do nosso centro de formação são residentes legais no país", disse em nota o clube, que irá recorrer à CAS (Corte Arbitral do Esporte) para tentar derrubar a pena.

O Barcelona já havia sido informado no ano passado pela Fifa de irregularidades na sua base. Na ocasião, a entidade proibiu a utilização em campeonatos de seis menores estrangeiros, entre eles o atacante sul-coreano Lee Seung Woo, 16, uma das apostas de "novo Messi".

Na esteira do sucesso do argentino, que chegou à Espanha em 2000, com 13 anos, em um negócio que hoje poderia ser considerado irregular, o clube abriu sua base para os estrangeiros.

Das categorias sub-12 ao time B, Barcelona conta hoje com pelo menos 35 jogadores que não nasceram na Espanha e sem origem espanhola no seu centro de formação.

Só camaroneses que chegaram ao clube graças à parceria com a fundação mantida pelo atacante Samuel Eto'o, do Chelsea, são dez. Há também um brasileiro, o meia Lucas de Vega Lima, 14.

"A Fifa pegou o Barcelona para dar um recado ao mundo. Temos vários casos parecidos correndo lá dentro envolvendo gigantes europeus", disse o advogado Marcos Motta, especialista em transferências internacionais de jogadores de futebol.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página