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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Nem homens nem meninos

O melhor ataque do Paulista fracassou contra o Ituano, dono da defesa menos vazada do campeonato

Há quem discuta se o Santos é melhor com Leandro Damião ou se jogava mais quando Gabriel era o centroavante. Com Gabigol na frente, o melhor exemplo de futebol exuberante aconteceu contra o Corinthians, goleada por 5 x 1, cinco gols do ataque santista pela primeira vez desde 1964.

Ontem o Santos não foi bem com Leandro Damião como centroavante. Mas a culpa não foi dele. Mais fácil atribuir a meninos, como Gabriel, ou a homens, como Cícero, a ausência de serviços para Leandro Damião finalizar.

Se meninos ganham jogos e homens vencem campeonatos, nem uns nem outros resolveram ontem.

Cícero era sempre o homem da saída de bola e normalmente acompanhado pelo volante Jackson Caucaia. O volante Josa era o marcador mais próximo de Gabriel, com Leandro Damião vigiado pelos dois zagueiros, e Thiago Ribeiro e Geuvânio pelos laterais Dick e Dener.

Poderia ser de Geuvânio a missão de desequilibrar a defesa do interior, deslocando-se da ponta para o meio, arrastando seu marcador consigo. Não foi assim.

O Ituano tem a melhor defesa do Campeonato Paulista. Pode repetir o que fez o Corinthians ano passado, campeão com o sistema defensivo menos vazado. O Santos, tricampeão sempre com o melhor ataque entre 2010 e 2012, também pode ampliar a estatística.

Esta temporada é a do melhor ataque no mundo todo. Nas quatro ligas mais importantes da Europa, quem faz mais gols é líder e está perto do título. Liverpool na Inglaterra, Juventus na Itália, Bayern na Alemanha. A exceção é o Atlético de Madri, melhor defesa e primeiro colocado na Espanha, um ponto à frente do Barcelona, do ataque mais positivo.

Desde 1979, os melhores ataques não ganham juntos os quatro campeonatos mais importantes da Europa. Nos Estaduais, o Brasil segue a tendência. Flamengo e Cruzeiro mantêm as vantagens em suas finais, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

A exceção é o Santos. O melhor ataque do Paulistão fracassou contra o Ituano, dono da defesa menos vazada.

Ontem, Geuvânio não foi sombra do jogador que encantou na primeira fase. Como Oswaldo de Oliveira alertou semana passada, pode ser cedo demais para que ele suporte a pressão de ser o protagonista.

Mas isso valeu também para Gabriel e para Cícero, cobrador do pênalti com o qual poderia empatar o jogo se não chutasse por cima.

O Santos mantém o favoritismo na decisão da semana que vem. Mas o Ituano mostrou valor ontem.

Dois bons volantes com Josa e Jackson Caucaia, qualidade no passe no ataque com Esquerdinha e o veterano Cristian.

Faltou o centroavante Rafael Silva ter a frieza de quem decide campeonatos. Seu gol perdido poderia complicar mais ainda o time de Oswaldo de Oliveira.

EQUILÍBRIO

O Atlético teve mais posse de bola no primeiro tempo e as chances mais claras no segundo. Poderia ter vencido em casa e adiantado a vantagem para ser tricampeão pela primeira vez desde 1983. Não conseguiu. A final do Mineirão semana que vem será a mais equilibrada e imprevisível do Brasil.

400 VEZES MESSI

Messi é um fenômeno e chegou ao gol 400 em sua carreira contra o Betis, no sábado. O futebol de hoje não se compara com o do passado, mas a marca exige uma pergunta: e Pelé? Pelé chegou ao seu gol de número 400 antes de completar 21 anos, em junho de 1961. Sem comparações.


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