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Com obras paradas, COI critica os organizadores
RIO-16
Dirigente diz que é necessária mais cooperação entre governo e o comitê dos Jogos
No segundo dia de paralisação de operários que trabalham em obras previstas para os Jogos Olímpicos de 2016, o italiano Francesco Ricci Bitti criticou ontem os organizadores do evento.
De acordo com o cartola, que integra a comissão de coordenação da Olimpíada e é presidente da ITF (Federação Internacional de Tênis), o apoio do governo é "tardio e insuficiente".
Ele pediu mais cooperação entre o governo e os organizadores da competição.
"O fluxo de caixa não é positivo, e o apoio está atrasado e não chega. Eles têm muito discurso, mas não dinheiro, e palavras não bastam", disse o italiano, em uma conferência na Turquia.
Ontem, integrantes do Rio 2016 (comitê organizador dos Jogos) se reuniram no Palácio do Planalto com integrantes do governo federal.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também esteve no encontro. Até agora, os organizadores não anunciaram o custo final do evento.
Pela manhã, operários de duas obras envolvidas nos Jogos realizaram protestos na cidade e tumultuaram o trânsito. No total, sete canteiros estão parados.
Além do Parque Olímpico e da expansão do metrô, operários pararam de trabalhar na Transcarioca, Porto Maravilha, Transmodal, Transolímpica e no Engenhão.
De acordo com sindicalistas, cerca de 30 mil operários interromperam o trabalho por melhores salários.
Hoje, os representantes das empreiteiras vão participar com sindicalistas de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho no Rio.
A proposta patronal é de 9% de aumento e cesta básica de R$ 230. Os trabalhadores pedem 10% de aumento, cesta básica de R$ 300 e pagamento das horas extras cheias atualmente, recebem 70% de horas extras.
