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Foco

Dilma faz 'comparação canina' ao defender obras da Copa do Mundo

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

Em meio ao aumento da pressão sobre o Brasil por causa da lentidão das obras relacionadas a eventos esportivos, a presidente Dilma Rousseff procurou ontem minimizar os atrasos nas obras dos aeroportos brasileiros.

Ela usou como exemplo as críticas às pessoas que têm ou não cachorros em casa.

"Nesse período [governo atual], nós reduzimos, reduzimos, sim, impostos. E é interessante que muitas vezes no Brasil, você é, como diz o povo brasileiro, muitas vezes você é criticado por ter o cachorro e, outras vezes, por não ter o mesmo cachorro. "

Minutos depois, voltou ao tema, desta vez para falar das obras dos aeroportos.

"Então, nessa história de preso por ter cachorro, criticado por ter cachorro e criticado por não ter o cachorro, o que eu estou explicando para vocês é o seguinte: as obras [dos aeroportos], rigorosamente falando, atendem à Copa, mas elas não são para a Copa, elas são para o povo desse país, para o povo desse Estado."

A presidente já havia utilizado a expressão em novembro do ano passado, ao comentar o fato de o governo sofrer críticas tanto pela alta carga tributária como pelas desonerações.

"Então, eles têm de resolver se nós somos presos por ter cachorro ou por não ter cachorro. Pelos dois não dá. Tem de resolver se vão nos criticar por reduzir os impostos ou por não reduzir os impostos. Aqui no Brasil é complicado", disse, na ocasião, ao "El País".

A expressão remete ao conto "O Alienista", de Machado de Assis (1839-1908), sobre um personagem que fora preso tanto por participar de uma revolução como por se recusar a fazê-lo. "Preso por ter cão, preso por não ter cão", diz o texto.

No discurso, a presidente citou os aeroportos de Brasília e de Porto Alegre e disse que as estruturas dos dois "dão de sobra para a Copa".


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