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Após pressão do COI, governo dá passo para construção de Deodoro
RIO-2016
Edital de obras sairá dia 17; complexo é a maior preocupação para a Olimpíada
Depois da pressão do COI (Comitê Olímpico Internacional), foi definida a data de publicação do edital de licitação para o Complexo Esportivo de Deodoro: 17 de abril.
As obras no local, que abrigará 11 modalidades dos Jogos de 2016, deveriam ter começado no ano passado.
O complexo é a principal preocupação do COI em relação aos atrasos das obras para a Olimpíada de 2016.
Com a publicação do edital, também serão definidos conteúdo do escopo, custo e cronograma da obra.
A estimativa é que os trabalhos se iniciem em setembro, a tempo para o evento-teste de hipismo que acontece em agosto de 2015.
A situação da preparação no Rio é considerada tão crítica pelo COI que a entidade anunciou anteontem uma intervenção para tentar resolver os problemas.
O diretor-executivo do COI, o suíço Gilbert Felli, virá todo mês ao Rio para acompanhar a evolução das obras para a Olimpíada.
O objetivo é pressionar os governos para acelerar os projetos para os Jogos --até a intervenção, as visitas ocorriam de três em três meses.
Além da contratação de um especialista para monitorar de perto as obras, três grupos de trabalho serão criados para desatar nós em áreas consideradas problemáticas pelo COI: acomodações, infraestrutura e integração entre as diversas esferas do governo.
A avaliação de membros do COI é que decisões que devem ser tomadas em conjuntos estão sendo adiadas, colocando em risco andamento de projetos. O presidente do COI, o alemão Thomaz Bach, usou o termo "paralisia política" para definir a situação.
Felli participará de uma conferência telefônica com membros dos entes governamentais e com o comitê organizador na segunda-feira.
O diretor-executivo do COI também deverá ir ao Rio daqui a duas semanas.
INFRAESTRUTURA
Outro evento que acontecerá na próxima semana --na esteira da pressão do COI-- é o anúncio das obras de infraestrutura do Rio, que servirão para uso na Olimpíada.
Chamado de Plano de Antecipação de Políticas Públicas, o documento será divulgado, com atraso, na próxima quarta --ele deveria ter sido anunciado em março.
As obras serão realizadas pela Prefeitura do Rio e governos do Estado e federal.
