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Casais sortudos conseguem comprar ingressos mais concorridos da Copa
Eles têm bilhetes para as partidas de abertura, em SP, e final do Mundial, no Rio
Há pessoas com sorte, mas existem outras --mais raras--com muita, muita sorte.
O método adotado pela Fifa para a venda de ingressos para a Copa previa que, em algumas etapas, fosse feito um sorteio para definir quem ficaria com as entradas dos jogos mais procurados.
A abertura e a final são os mais cobiçados pelo público (a Fifa não divulga a divisão de ingressos por partida entre público em geral, VIPs e patrocinadores).
Dois casais de São Paulo, no entanto, conseguiram o que parecia impossível.
Foram sorteados e puderam comprar as entradas para a partida de abertura, com Brasil e Croácia, no dia 12 de junho no Itaquerão, e também para a decisão de 13 de julho, no Maracanã.
"Ninguém acreditava que eu tinha conseguido ingressos para a abertura e a final. Me chamavam de mentiroso", diz Allan Almeida, 26, estudante universitário.
Curiosamente, Almeida nem queria ver o jogo de abertura, já que não é exatamente um fã da seleção brasileira --prefere a Espanha.
Ele foi "obrigado" pela namorada, Aline Lopes, 22, a tentar a sorte para assistir ao grande momento inicial do Mundial porque a partida seria no estádio do Corinthians, clube do coração dela.
Ao todo, o casal conseguiu ingressos para oito jogos. Em São Paulo, além da abertura, vão assistir aos duelos entre Holanda e Chile, Uruguai e Inglaterra, as oitavas e a semifinal. Não assistirão ao confronto Coreia do Sul e Bélgica porque conseguiram comprar para Portugal e Gana, em Brasília, para o mesmo dia 26 de junho.
Também adquiriram ingressos para Rússia e Coreia do Sul, em Cuiabá, e a final no Rio de Janeiro. Quanto ficou tudo? R$ 1.100; ambos têm direito à meia-entrada.
Os pedidos para a abertura e a final foram feitos na primeira etapa da primeira fase, que foi de 20 de agosto a 10 de outubro de 2013, quando a Fifa recebeu mais de 6,2 milhões de solicitações e sorteou 889 mil ingressos para os 64 jogos da competição.
'NÃO DOU, NÃO VENDO'
Também foi na primeira etapa das vendas que Ricardo Campanini, 36, funcionário público, pediu ingressos para ele e sua mulher, Rosiane, 34. Foram apenas quatro pedidos: dois para a abertura e dois para a final, todos com sucesso.
Ricardo soube pela fatura do cartão de crédito que havia sido sorteado, antes mesmo do aviso da Fifa.
"Quando vi, lá estava o débito de R$ 980. Temos um grupo no Whatsapp [aplicativo de troca de mensagens via celular] de pessoas que costumam ir a jogos do Corinthians e, quando mostrei que havia conseguido, muitos quiseram comprar. Mas esses não vendo, não dou e nem penhoro", disse Campanini.
