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Del Nero é eleito com 44 de 47 votos possíveis
ELEIÇÃO NA CBF
Dirigente será o presidente da entidade a partir de 2015
Marco Polo Del Nero foi eleito ontem presidente da CBF com 44 votos dos 47 possíveis. Houve dois em branco e um dos eleitores, o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, não participou por sugestão da CBF para evitar problemas jurídicos.
Del Nero assume o mandato em 2015 e fica até 2019.
Votaram em branco os presidentes da federação gaúcha, Francisco Novelletto, e da federação paranaense, Hélio Cury, que fazem oposição à atual gestão.
Del Nero era o único candidato porque apenas sua chapa conseguiu apoio de oito federações e de cinco clubes da Série A para realizar a inscrição - o colégio eleitoral é formado pelas 27 federações e pelos 20 clubes que disputam a primeira divisão do Brasileiro este ano.
Marco Polo Del Nero foi aplaudido pela grande maioria dos cartolas após a confirmação do resultado.
O dirigente disse que irá dar continuidade ao modelo de gestão de José Maria Marin, atual presidente.
"O presidente Marin e sua administração, da qual faço parte, conseguiram avanços importantes, como levar o futebol ao país inteiro, com as quatro séries do Brasileiro e, principalmente, a criação da Copa do Nordeste e da Copa Verde", afirmou Del Nero.
Após o anúncio do resultado Marin, que continuará como vice-presidente na nova gestão, chorou.
Del Nero, 73, é o atual presidente da Federação Paulista de Futebol e ligado ao Palmeiras, clube no qual é conselheiro vitalício.
Ele se tornou o comandante da FPF em 2003, quando Eduardo José Farah deixou a entidade. Na ocasião, Del Nero era o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva.
Advogado, o cartola é sócio do deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) em um escritório de direito. O petista também é vice da FPF.
FIGUEIRENSE
A Folha apurou que para garantir que a eleição de Marco Polo Del Nero não seja prejudicada por um imbróglio jurídico, Wilfredo Brillinger não votou por recomendação da CBF. Há liminar da Justiça comum que tirou o Figueirense na Série A por ter escalado jogador de forma irregular.
Assim, o Icasa seria beneficiado e subiria para a elite. Desse modo, o Figueirense não poderia votar na eleição.