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Londres reabre Parque Olímpico ao público

JOGOS
Classificado como principal legado de 2012, local foi reformado após a Olimpíada por mais de R$ 1 bilhão

LEANDRO COLON DE LONDRES

Por 3,5 libras (R$ 13), qualquer um já pode nadar na mesma piscina do Parque Olímpico de Londres, onde Michael Phelps ganhou quatro medalhas de ouro e duas de prata em 2012.

Quem quiser desembolsar de 10 a 30 libras aproveita o cobiçado velódromo ou, por até 15 libras, sobe na torre "The Orbit".

Mas sem gastar um tostão dá para levar os filhos às fontes interativas --com seus 195 jatos de água-- e aos brinquedos dos playgrounds recém-instalados.

Apontado como o principal legado dos Jogos de 2012, o parque, batizado de Rainha Elizabeth, teve sua reforma concluída e foi reaberto de vez no dia 5 de abril após 19 meses de obras para adequá-lo ao público. A Folha esteve no local em dois dias da semana, uma sexta e um domingo --em ambos, estava lotado.

Apesar da euforia de quem o visita, o custo aos cofres públicos para adaptá-lo foi de ao menos 300 milhões de libras (R$ 1,1 bilhão).

Foram desmontadas algumas arenas, retirada a arquibancada do centro aquático, e plantadas 4.300 mil árvores, entre outras coisas.

Não à toa, o impacto financeiro da "reforma" recebeu críticas da mídia local e da oposição, afinal, essa despesa se somou aos 8,9 bilhões de libras já gastos até 2012.

As autoridades afirmam, porém, que o lucro do evento foi de 16 bilhões de libras para a cidade, além da geração de 12 mil novos empregos fixos. O megashopping construído ao lado diz que vendeu 973 milhões de libras em 2013.

Mais 20 mil postos de trabalho são prometidos em torno do parque, montado em Stratford, periferia pobre e poluída de Londres. A região recebeu investimentos para ser revitalizada para os Jogos.

É inegável que, ao menos para os moradores da região, o local virou atrativo. "O novo parque é uma peça fundamental para os planos de regeneração de Stratford", diz o prefeito falastrão de Londres, Boris Johnson.

"Isso aqui era uma parte podre da cidade. Moro ao lado do parque, e não tínhamos nada em volta antes. Agora, meus filhos estão enlouquecendo, podemos vir e passar o dia aqui", diz o brasileiro Euder Miranda, 50, que vive há 23 anos em Londres.

O comerciante Rajesh Joranputra, 45, levou duas horas de carro de Leicester a Londres para levar o filho, Vinay, 13. "Não consegui ingressos na Olimpíada, e agora podemos ter a chance de passear e aproveitar muita coisa de graça e o que é cobrado não é tão caro. É uma forma de retribuir o imposto que pagamos para o evento", diz.

Espera-se que três milhões de pessoas visitem o parque todos os anos. O lado norte havia sido aberto em 2013, mas é na parte sul, liberada só agora, onde estão concentrados os principais pontos de diversão.

Segundo o governo local, os 2.800 apartamentos da Vila Olímpica já estão sendo ocupados --um terço a "preços acessíveis". E há a promessa de 10 mil novos imóveis na mesma região até 2030.


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