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Entrevista Filipe Luís

Estamos no mesmo nível competitivo de Barcelona e Real

O lateral brasileiro do Atlético de Madri diz que falta de estrelas é segredo na busca por final da Liga dos Campeões
Lupa

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Melhor defesa, líder no número de desarmes e único time invicto. Não é à toa que o Atlético de Madri voltou às semifinais da Liga dos Campeões após 40 anos. O time inicia hoje, contra o Chelsea, a busca por vaga na final.

É apostando em uma marcação sufocante, que anulou o Barcelona nas quartas de final, que a equipe colchonera aposta para deixar de ser a terceira força da Espanha e virar a primeira da Europa.

"Acredito que somos o time que mais marca no mundo", afirmou à Folha o lateral esquerdo Filipe Luís, 28.

Ex-Figueirense, Ajax, Real Madrid B, La Coruña e reserva da seleção na Copa das Confederações do ano passado, o jogador catarinense, que está na Europa há nove anos, disse ainda ter esperança de disputar o Mundial.

Folha - Você imaginava lutar pelos títulos espanhol e da Liga dos Campeões por um time como o Atlético?

Filipe Luís - Para quem trabalha há três anos com o [técnico] Simeone não é surpresa nenhuma. No primeiro ano, ele nos tirou da zona de rebaixamento e nos levou até a conquista da Liga Europa.

Qual a importância do Simeone nesse sucesso da equipe?

Ele é o principal motivo de termos voltado a ser um time grande. Quando cheguei aqui, em 2010, eram muitos problemas internos. O caráter e a filosofia dele mudaram tudo. Todo jogo é encarado como uma final. Estamos no mesmo nível competitivo de Barcelona e Real Madrid.

E como ele é como treinador?

Completo, com certeza um dos melhores do mundo. Ele passou por muitos lugares do planeta, absorveu muita coisa durante a carreira como jogador. Tem aquele espírito motivacional dos argentinos, mas com o nível tático dos europeus.

A marcação do Atlético chama a atenção. Da elite, vocês são o time que mais marca?

Acredito que somos o time que mais marca no mundo, sim. Aqui não tem a vaidade que normalmente você vê nos times grandes. Todo mundo corre, até o Diego Costa, que é nossa estrela. Não são dez jogadores atrás. É todo mundo correndo, marcando demais. O Atlético é um caso especial.

E foi muito difícil para você se adaptar a essa exigência toda na parte defensiva?

É difícil aprender a marcar. Você precisa ter uma noção boa. Sorte que eu fiz um pouco das categorias de base na Holanda, no Ajax. Mas a forma como o Atlético joga ajuda muito o lateral a defender. Os volantes e os pontas nos ajudam muito. Quase nunca fico no mano a mano. A exigência do Simeone na marcação é muito grande. Quando erramos, ele nos lembra disso por meses. Você parece ter saído do radar da seleção depois da Copa das Confederações. Por quê?

Depois que acabou a competição, o Felipão resolveu testar outros jogadores na lateral esquerda. Mas, mesmo que ele não me chame para a Copa, tenho certeza que nessa posição não será cometida nenhuma injustiça. O Marcelo, o Adriano, o Maxwell estão muito bem.

O sucesso do Atlético nesta reta final antes da Copa pode te ajudar a ser convocado para a Copa do Mundo?

Acho que não. O Felipão pôde me avaliar um mês inteiro no ano passado, sabe perfeitamente como eu defendo e ataco. Não importa o que vai acontecer com o Atlético daqui para a frente. Se eu for convocado, não será pelo que estamos fazendo agora.

Se os títulos não vierem, a frustração será muito grande?

Acho que não. Na Champions, já fomos muito longe. E no Espanhol, estamos com a faca e o queijo na mão


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