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Até logo, Pacaembu

Em seu último jogo no estádio municipal antes da inauguração do Itaquerão, Corinthians faz a festa da torcida e vence o Flamengo

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

O Corinthians preparou uma festa para a despedida simbólica do Pacaembu. O time cumpriu o roteiro e venceu ontem o Flamengo por 2 a 0. O último gol, do zagueiro Gil, foi o 3.307 da equipe no estádio municipal.

"A gente vai embora do Pacaembu com o dever cumprido", resumiu o volante Ralf.

Não é um adeus, na verdade. O próprio presidente Mario Gobbi admite que, se houver partida de volta contra o Nacional (AM), pela Copa do Brasil, em 14 de maio, esta pode ser no Pacaembu.

A intenção foi festejar o último jogo no local antes da inauguração do Itaquerão.

Quando voltar a ser mandante no Campeonato Brasileiro, contra o Figueirense, em 18 de maio, o confronto será na nova arena, construída também para a abertura da Copa do Mundo, mas que, para o corintiano, é a realização do sonho da casa própria.

REFORÇO

A festa teve apresentação do volante Elias para a torcida e participação do árbitro Leandro Pedro Vuaden, que expulsou Léo Moura aos 41 minutos do primeiro tempo --o técnico flamenguista Jayme de Almeida achou "exagerado".

Quando isso aconteceu, o script era seguido à risca. Inspirado pelo momento festivo, o Corinthians fez blitz ofensiva nos primeiros minutos.

Atuando em velocidade, criou oportunidades e abriu o placar aos 8 min.

Guilherme interpretou o papel de artilheiro. O volante estava sozinho na área e chutou rasteiro, com oportunismo, para abrir o placar.

O gol deu tranquilidade para o time de Mano Menezes, que trocou passes pelo restante da etapa inicial sem ser ameaçado. O Flamengo não conseguia se aproximar do goleiro corintiano Cássio.

Com um jogador a menos, os cariocas melhoraram e passaram a ter mais a posse de bola após o intervalo. Sem criar grandes chances.

Foi quando a torcida resolveu arrumar um vilão. O goleiro Felipe, ex-Corinthians, passou a ser xingado de "bicha" cada vez que pegava na bola.

Era como se ele tivesse intenção de ser o estraga-prazeres na festa preparada.

CONFIRMAÇÃO

Em alguns momentos do segundo tempo até foi possível imaginar que isso aconteceria. O público ficou impaciente. Parecia peça de teatro em que há bons momentos, tensão, a possibilidade de dar tudo errado até aparecer a glória redentora.

Quem garantiu que a celebração tivesse o fim planejado foi o zagueiro Gil.

Como Guerrero não estava em campo e o time estava sem centroavante, o zagueiro foi à área rival para desviar com o bico da chuteira o cruzamento de Fábio Santos, aos 34 min da segunda parte.

No final, os atletas se reuniram no centro do campo para dar adeus ao Pacaembu. Despedida cenográfica, já que o time deve voltar esporradicamente ao estádio no futuro. O ato foi como uma passagem de bastão.

O clube deixa um estádio alugado no centro da cidade para outro, próprio, em Itaquera. Tudo isso após 1.687 jogos e 966 vitórias.

Os jogadores saíram de campo ao som de "Saudosa Maloca". Os versos paulistanos de Adoniram Barbosa falaram por si: "Saudosa maloca, maloca querida, din-din-donde nóis passemo dias feliz da nossa vida."


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