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Villarreal bane torcedor por ato racista

ESPANHA
Clube diz ter identificado quem atirou uma banana em Daniel Alves; caso gera repercussão mundial

DE SÃO PAULO

O Villarreal anunciou ontem a maior punição a um torcedor em casos registrados de racismo no futebol mundial.

O clube alega ter identificado o responsável por atirar uma banana na direção do brasileiro Daniel Alves, da seleção e do Barcelona, no domingo. Em comunicado oficial, a diretoria diz que ele não poderá ir a jogos no estádio El Madrigal pelo resto da vida.

Não foi divulgado o nome do acusado. O Villarreal afirma que entregou os dados à polícia da cidade.

A Real Federação Espanhola de Futebol não anunciou nenhuma punição.

Em casos parecidos envolvendo o público, o procedimento padrão das federações na Europa é multar o clube.

O caso de Daniel Alves ganhou mais destaque pela reação do jogador. Ele descascou a banana e a comeu.

"Não sabia que um ato espontâneo geraria tanta repercussão. Fico feliz em poder contribuir nessa luta. Isso não deveria existir mais. Devemos combater com o nosso jeito brasileiro de ser, fazer com que os racistas se sintam envergonhados", disse o lateral direito ao site da CBF.

O gesto fez com que o atacante Neymar, também da seleção e do Barça, iniciasse a campanha "Somos todos macacos", entre as mais citadas no Twitter desde anteontem.

Personalidades de várias áreas postaram fotos segurando uma banana.

A cantoras Ivete Sangalo, os apresentadores de TV Luciano Huck e Angélica, o atacante argentino Sergio Aguero, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e o técnico da Itália, Cesare Prandelli, foram alguns exemplos.

O slogan, difundido por Neymar, foi criado pela agência de publicidade Loducca (leia mais ao lado). A presidente Dilma Rousseff também citou a campanha em sua conta na rede social, elogiando a atitude de Daniel Alves: "Foi uma resposta ousada e forte ao racismo no esporte".

"É um ultraje. Precisamos combater, unidos, todas as formas de discriminação. Haverá tolerância zero no Mundial", concordou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

COPA DO MUNDO

O departamento de comunicação da Fifa não acredita em casos de racismo no torneio que começa em 12 de junho, no Brasil.

A pedido da Folha, a entidade analisou que o perfil do público que vai aos jogos de seleções é diferente do que vai torcer por clubes. Na opinião da Fifa, a Copa do Mundo é mais familiar.

Se acontecer, a promessa é de utilizar as punições, que variam de multa a expulsão do Mundial. Isso vale tanto para atletas quanto para seleções.

PEDIDO

O pai de Daniel Alves, Domingos, pediu que o filho tome cuidado se o episódio acontecer novamente.

Ele lembra que alguma substância pode ser colocada na banana. "Eu falei para ele não fazer mais isso. Vai que botam alguma coisa que a gente não sabe o que é."


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