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Foco

Alguns operários jogam no Itaquerão, outros só trabalham

O Itaquerão praticamente se dividiu em três, na manhã de ontem, ao receber o primeiro jogo no gramado que também hospedará a abertura da Copa do Mundo.

Em campo, cerca de 40 funcionários da Odebrecht, construtora do estádio do Corinthians, dividiram-se em dois times e fizeram dois jogos de 20 minutos cada.

Nas arquibancadas provisórias, localizadas atrás dos gols, uma quantidade parecida trabalhou intensamente na tentativa de minimizar os atrasos a 41 dias da Copa.

Os dois grupos foram observados por um terceiro, de cerca de 4.000 pessoas, que ficou na arquibancada leste. Além de funcionários, havia também seus familiares. Todos convidados pelo Corinthians para assistirem ao evento no Dia do Trabalho.

O único momento de silêncio total foi a homenagem aos três funcionários mortos --dois em novembro e um em março-- e a Ayrton Senna, ex-piloto de F-1 e corintiano, cuja morte completava 20 anos.

Em relação às obras, alguns problemas persistem, como o revestimento inacabado na cobertura dos prédios leste e oeste e a falta de cadeiras em algumas áreas de todas as arquibancadas.

Em compensação, o acabamento dos camarotes do prédio oeste avançou em relação à semana passada. E o gramado manteve o bom nível, mesmo após os jogos.

O setor norte é o mais atrasado. A arquibancada provisória tem o menor número de cadeiras instaladas.

A expectativa é que fique pronta até o dia 10. No dia 18, o Corinthians receberá o Figueirense, pelo Brasileiro, no teste considerado pela Fifa.

Procurada ontem pela reportagem, a Odebrecht não retornou os contatos.

Ontem, durante a partida entre os funcionários, ocorreu o que foi considerado o primeiro gol da arena, marcado pelo engenheiro civil Luciano Ávila, 33. Funcionários da Odebrecht, ele foi um dos sorteados para jogar.

O gol nasceu em uma jogada de contra-ataque. Ele recebeu a bola na entrada da área, sem marcação, e finalizou na saída do goleiro.

O mais curioso foi a revelação após o gol. Ávila foi jogador do time juvenil do Corinthians em 1997, mas não conseguiu se passar para a equipe principal. Ele tentou a sorte até no Palmeiras, mas também não vingou.

"Tinha 17 anos, mas sofri com problemas de lesão e desisti. Marcar o gol no estádio foi uma emoção muito grande, ainda mais por eu ser torcedor do Corinthians e ter participado da construção", disse Ávila, segurando no colo o filho Gabriel, 2.

Mas o time de Ávila (de uniforme preto) foi derrotado. Perdeu por 2 a 1, de virada, com gols Fábio Mendes, responsável pelo gramado, e China, técnico de segurança.


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