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Entrevista Luiz Felipe Scolari

O ambiente é ótimo, eu vou até o inferno com meus jogadores

Técnico fala em planejamento em conjunto com atletas e busca reeditar família scolari

DO ENVIADO AO RIO DO RIO

Felipão vai até o inferno se for possível por seus atletas.

Reconhecidamente um defensor dos grupos com que trabalha, técnico disse ontem que o bom ambiente será o carro-chefe para que o Brasil leve o hexa mundial em casa.

É a tentativa reedição da família Scolari de 2002.

No mês passado, o treinador fez um tour pela Europa, conversando com jogadores que passavam por alguma dificuldade naquele momento para convocá-los para o Mundial e tranquilizá-los, como revelou a Folha na época.

"Nunca tive dúvidas se esse seria o grupo. Nosso ambiente é ótimo, alguns já sabiam que seriam convocados porque falei a eles pessoalmente, conversei com alguns jogadores que passavam por uma ou outra dificuldade. Vou até o inferno com eles", disse o treinador.

Sem oba-oba

Felipão estava calmo na entrevista que concedeu ontem após a convocação. Um estilo bem mais light do quem em 2002, por exemplo.

As perguntas de jornalistas e de internautas, por meio de uma rede social, duraram quase uma hora na casa de show, no Rio. Ele só se irritou (bem pouco) quando precisou responder se toleraria políticos ao redor da seleção, já que 2014 é ano de eleições.

"Espero que tenham bom senso e saiba que não receberemos A, B ou C. Podemos até convidar A, B ou C, no momento certo", disse.

Atletas isolados

Ele garantiu que seus atletas terão que se adaptar ao isolamento em Teresópolis.

"Se quiser ficar com o cachorro é só avisar e deixar a seleção brasileira", avisou.

A dúvida

Foi na tarde de terça, menos de 24 horas antes de anunciar os 23 eleitos para a Copa, que Scolari e sua comissão técnica decidiram que Henrique seria o quarto homem da zaga a ser chamado. "Foi essa a posição que discutimos no último minuto. Escolhi o Henrique porque confio nele", disse.

Os sete reservas

A Fifa obriga todas as seleções a enviarem, inicialmente, uma lista com 30 nomes, até 13 de abril. O corte para 23 ocorre somente em 2 de junho.

Felipão não gosta dessa exigência e só vai contar quem são os sete "reservas" na próxima semana, e porque a Fifa também colocará em seu site.

"Não acho justo convocar mais três ou quatro atletas, anunciar, e depois cortar."

Passo a passo

O Brasil estreia na Copa dia 12 de junho, contra a Croácia, em São Paulo. É neste jogo que seleção e torcedores têm que se preocupar, disse o técnico.

"Não adianta pensarmos lá na final. Nosso primeiro passo é a Croácia, o time que precisamos bater", afirmou ontem.

Neymar

O técnico disse que o camisa 10, apesar de ser o craque da seleção, terá que jogar por seus companheiros. O atacante teve uma temporada de altos e baixos no Barcelona.

"A responsabilidade maior do Neymar não é só pela criação, é pelo contra-ataque, pela improvisação, que ele faz bem. Ele terá que trabalhar para esse grupo também".

Defesa a Oscar

Lesionado, com um problema muscular na coxa, o meia Oscar não participou dos últimos, e decisivos, jogos do Chelsea. O técnico da equipe inglesa, José Mourinho, disse então que o meia fez um ótimo segundo semestre em 2013, mas foi irregular em 2014.

"Não vou discutir o que disse o treinador de A' ou de B'. O Oscar é um dos melhores jogadores do mundo, longe de qualquer avaliação", avaliou.

Planejamento conjunto

Felipão revelou contato com seus atletas para conversar sobre a preparação e até planejamento. A Thiago Silva telefonou para perguntar sobre o nariz machucado e orientá-lo a continuar jogando de máscara. Já Marcelo deve ganhar uns dias de descanso depois da final da Liga dos Campeões, dia 24 de maio (a seleção se apresenta dia 26).

"Se ele for campeão, não acho justo não poder voltar ao país de seu clube [Real Madrid] para comemorar", disse.


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