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Por economia, iranianos não vão trocar camisas na Copa
TOM BRYANT DO `GUARDIAN`Por volta das 14h45 do dia 21 de junho, Lionel Messi desfrutará de uma experiência pela qual não passa desde... bem, provavelmente nunca.
O mais famoso futebolista do mundo --presumindo que ele jogue-- sairá de um gramado usando a própria camisa, enquanto seus adversários iranianos sairão desconsolados ao lado dele usando também as próprias camisas.
Os Grandes Panires do Irã, segundo reportagens publicadas lá, instruíram os atletas a não participar da tradicional troca de camisas ao final do jogo, porque a federação não vai pagar por novos uniformes a cada partida.
"Não vamos dar aos nossos jogadores uma camisa por jogo, e eles precisam economizar camisas", cartolou um dirigente iraniano --a federação do país deve lucrar US$ 8 milhões [mais de R$ 16 milhões] com o torneio, mas não está disposta a bancar camisas que, pelo catálogo da Uhlsport, fornecedora de material esportivo aos iranianos, custam de R$ 75 a R$ 93.
Isso significa que o roupeiro iraniano viajará ao Brasil carregando montes de centavos a fim de lavar os uniformes nas lavanderias em Curitiba, Belo Horizonte e Salvador e garantir que seu time não seja forçado a entrar em campo sem roupa.
A proposição é arriscada, já que as camisas iranianas são brancas e vermelhas: qualquer tropeço significa que os jogadores atuarão de cor de rosa no jogo seguinte.