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Negro, Barbosa foi culpado pela derrota em 1950

DE SÃO PAULO

Moacir Barbosa, o goleiro titular da seleção na Copa de 1950, conviveu até a sua morte, em 2000, com o estigma de ter sido o responsável pela derrota para o Uruguai, por 2 a 1, no jogo decisivo.

Ele foi acusado de falhar no gol do uruguaio Alcides Gigghia, que calou 200 mil torcedores no Maracanã, aos 34 min do segundo tempo.

A partir dali, sua carreira começou a declinar.

Barbosa, que era negro, começou no Comercial, mas ganhou destaque no Vasco, no qual jogou por 20 anos.

Aposentou-se em 1963, ano em que, para exorcizar o fantasma de 1950, queimou num churrasco as traves usadas na final da Copa.

No documentário "Futebol", de João Moreira Salles, contou que seu maior desconsolo foi o comentário que ouviu de uma mulher, num mercado, quase 20 anos após o Mundial. "Olha ali, filho", disse a mulher, "esse homem aqui é que fez o Brasil inteiro chorar".

Viveu seus últimos anos sozinho na Praia Grande, auxiliado por uma vizinha.


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