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Experiência vitoriosa em 2002 faz o treinador deixar 1950 de lado

COPA
Na véspera da final no Japão, Felipão foi demovido da ideia de lembrar o caso Ronaldo

BERNARDO ITRI MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS

A dramática derrota da seleção brasileira na Copa de 1950, conhecida como Maracanazo, não vai fazer parte da preparação do time comandado por Luiz Felipe Scolari.

A falha do goleiro Barbosa na decisão em pleno Maracanã lotado e o clima de já ganhou na véspera do jogo ficarão de fora da programação da seleção no Mundial.

Scolari já decidiu que não fará nenhum trabalho emocional ou palestra com os atletas sobre o revés da seleção em 1950.

Nesta quarta (28), os 23 convocados realizaram o primeiro treino com bola na Granja Comary, em Teresópolis.

A opção do treinador para tirar o Maracanazo da preparação da seleção é justificado por outro trauma vivenciado na conquista do pentacampeonato na Ásia, em 2002.

Na véspera da final no Japão, Scolari preparou uma palestra para relembrar o drama de Ronaldo em 1998, mas foi convencido pelos mais experientes da delegação a não tocar no episódio.

Segundo os conselheiros, a palestra poderia abalar o clima positivo da seleção na Copa do Mundo disputada no Japão e na Coreia.

No dia da decisão do Mundial da França, o ex-atacante sofreu uma crise nervosa na concentração e foi levado às pressas ao hospital. Ronaldo chegou a ser vetado no vestiário, mas entrou em campo após ser liberado pelos médicos da seleção.

Na partida, o ex-jogador teve uma atuação apagada na partida vencida com facilidade pela França, por 3 a 0.

Quatro anos depois, Ronaldo foi um dos destaques da seleção brasileira. Na final, o jogador fez os dois gols da vitória diante da Alemanha, em Yokohama.

"Nunca mais quis perguntar nada [sobre a crise nervosa]. Algumas coisas tem que deixar fora do contexto", afirmou o treinador.

"Por isso, não vamos lembrar do assunto [Maracanazo] agora", acrescentou.

ASSUNTO RECORRENTE

Apesar de Scolari ter vetado um trabalho especial com os jogadores sobre a derrota do Mundial de 1950, o assunto é recorrente nas entrevistas em Teresópolis.

Na terça (27), os três goleiros foram questionados sobre a falha de Barbosa. Júlio César disse que pretende homenagear o goleiro, morto em 2000, caso a seleção conquiste Copa no Brasil.

O coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, admitiu na segunda-feira (26) que a derrota para os uruguaios está "entalada na garganta".

"O Brasil é o único dos grandes que nunca ganhou em casa, e nós temos que reescrever essa história, acabar com esse papo de Maracanazo. Já ganhamos do Uruguai várias vezes, até em Copas do Mundo, mas precisamos acabar com isso", disse Parreira, que participou de duas (1970 e 1994) das três últimas campanhas vitoriosas do time nacional em Mundiais.


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