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Ídolo de temperamento explosivo, Stoichkov é tema de documentário

CINEMA
Filme traz cenas emocionantes de vitória búlgara na Copa de 1994

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

Os alemães se afastam. Com os pés, ele dá leves toques na bola para colocá-la em posição, na altura da intermediária de seu ataque, pelo lado direito, a poucos metros da grande área. Com as mãos, gira a bola ainda no chão.

Dá cinco passos para trás, volta e torna a acertar a posição da bola. Recua, olha a barreira. Ajeita as meias. Dá um, dois passos, chuta seco, com o lado de dentro do pé esquerdo. A bola morre do lado esquerdo do goleiro.

A Bulgária empata e começa a escalada para sua maior vitória em campos de futebol.

"Para mim e para todos os búlgaros, foi o gol mais importante de Stoichkov", diz o jornalista búlgaro Borislav Kolev, que estreia na direção com o documentário "Stoichkov", sobre a vida e a carreira do maior ícone esportivo do país, cogoleador da Copa de 1994, com seis gols. O filme será apresentado hoje no festival Cinefoot, em São Paulo.

Ídolo em seu país nos anos 80, Hristo Stoichkov ganhou fama ainda maior por jogar no Barcelona nos anos 90.

O diretor lembra que nem tudo foi tranquilo. "De repente, Stoichkov desapareceu. Depois de três meses, meu telefone tocou: era ele! E ele disse, como se nada tivesse acontecido: E aí, cara, quando é que a gente vai filmar?'"

Fazia parte do trabalho, afirma Kolev: "Se ele não tivesse essa personalidade, não teria tido uma carreira tão bem-sucedida".

De temperamento explosivo, ele chegou a ser banido do futebol --e depois perdoado-- por causa de uma briga.

"Ele mostrou para todos do leste europeu que você pode ser você mesmo, você pode se adaptar a muita coisa para conquistar seu lugar no mundo e ser respeitado", diz, no filme, Johan Cruyff, treinador de Hristo no Barcelona.

As cenas mais emocionantes são as da reação à vitória sobre a Alemanha na Copa e a volta da seleção. "O povo recebeu os jogadores como heróis. O sucesso deles foi importante para aumentar a confiança no país e uniu a nação", diz Kolev.

STOICHKOV

DIREÇÃO Borislav Kolev

QUANDO Sábado (31/5), 21h

ONDE Espaço Itaú (rua Augusta, 1.470 e 1.475)

CLASSIFICAÇÃO 12 anos


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