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PVC na Copa

Oração do tempo

É incrível como a seleção funciona inversamente à lógica do futebol mundial

Em um ano e meio de Felipão, o time titular do amistoso contra o Panamá não jogou junto. Ramires foi primeiro volante e fez dupla com Paulinho no revés para a Inglaterra, reestreia do técnico. Em março, ante a África do Sul, Ramires entrou pela direita, substituiu Oscar mas fez a função de Hulk. Apesar de os onze não terem jogado juntos, a alteração de Felipão mantém a característica da equipe titular.

Ramires infiltra-se como se fosse meia, exatamente como faz Paulinho. Hernanes é mais passador.

É incrível como a seleção brasileira funciona inversamente à lógica do futebol mundial. Ganhou cinco Copas e quatro delas com técnicos trabalhando menos de dois anos. Felipão ganhou em 2002 um dia antes de seu primeiro aniversário no cargo.

Até 1998, só quatro dos 16 campeões tiveram técnicos com menos de três anos de trabalho, como Felipão hoje.

Parreira e Dunga nos dois últimos Mundiais ficaram quatro anos seguidos e perderam.

A Itália de 2006 e a Espanha de 2010 seguiram a lógica brasileira, de fazer o errado para dar certo. A Itália trocou Trapattoni por Lippi em 2004 e a Espanha aceitou a demissão de Aragonés após o título europeu de 2008. Os espanhóis mudaram o técnico e mantiveram o time. Felipão mudou a cara da equipe, sem mudar os nomes. Ramires foi o quarto jogador em número de partidas no período de Mano Menezes. Com Felipão, jogou 8 das 20 partidas.

A diferença de estilo entre Hernanes e Paulinho já foi tema de discussão, quando Paulinho foi desfalque contra a Itália em 2013. Dizia-se que Hernanes era mais passador, Paulinho mais infiltrador. Hernanes foi bem, mas não havia Ramires.

Se Felipão escalasse Hernanes usaria formação que já atuou junta. Mas Ramires no lugar de Paulinho pode deixar o time como a oração do tempo de Caetano Veloso. Com movimento preciso.

Tempo, tempo, tempo, tempo!


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