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Corpo marcado

Dos 11 titulares da seleção, só um não tem tatuagem; desenhos homenageiam mães, filhos e fusca do avô

DOS ENVIADOS A GOIÂNIA

Crucifixo, flores, estrelas, caveira, nomes de familiares, mensagens de fé e até um fusca. São diversos os temas das tatuagens que cobrem os corpos dos jogadores do Brasil que disputarão a Copa.

Dos 11 titulares que entrarão em campo contra a Croácia no próximo dia 12, no Itaquerão, dez são tatuados. Apenas o zagueiro David Luiz não tem o corpo marcado.

Já no banco de reservas, ocupado por 12 jogadores, o número dos sem-tatuagem sobe para cinco: Henrique, Hernanes, Willian, Jefferson e Victor.

Na Copa de 2002, apenas seis jogadores da seleção exibiam desenhos na pele. Em 1998, ninguém tinha qualquer marca aparente.

Hoje, na equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, a vaidade passa pelas tatuagens -- de nome dos filhos a recordações de infância.

Os laterais Marcelo e Daniel Alves são os que têm mais símbolos gravados.

Marcelo, do Real Madrid, exibe dezenas deles pelo corpo. No braço direito, um se destaca: o fusca de seu avô.

O desenho é uma homenagem ao carro usado para levá-lo aos treinos em Xerém, no centro de treinamento do Fluminense, clube que o projetou internacionalmente.

Já a paixão de Daniel Alves, do Barcelona, pelas tatuagens começou em 2001. Logo depois de completar 18 anos, quando atuava no Bahia em seu primeiro ano como profissional, o jogador decidiu gravar o rosto da mãe no braço direito.

"Foi um presente que quis dar pela admiração que tenho por ela. Não sabia direito o que fazer, mas queria que ficasse marcado pelo resto da vida", diz o lateral.

A partir daí,Alves não parou mais. Registrou em sua pele o nome dos filhos e fez símbolos religiosos, como a imagem de Jesus Cristo.

Neymar, seu colega no Barcelona e na seleção, também optou por tatuagens ligadas à religião.

Antes de se apresentar na Granja Comary, ele passou a tarde em um estúdio em São Paulo desenhando no braço esquerdo duas mãos em posição de oração com a inscrição "Fé". O atacante também gravou os nomes da mãe, do filho e da irmã.

O capitão Thiago Silva é outro com o corpo rabiscado. No braço esquerdo, ele escreveu "Não sou o dono do mundo, mas sou o filho do Dono".

A mensagem é uma homenagem a sua mãe, que colocou a inscrição na porta de casa. "Acredito muito nesta frase e isso me ajuda no dia a dia", diz o zagueiro do Paris Saint-Germain.

Na seleção dos tatuados, há também quem prefira a discrição. É o caso do goleiro Júlio César, que homenageou a família com pequenos traços nos dois pulsos. Em um deles, o nome dos filhos e da mulher, a atriz, Susana Werner, com um coração. (BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO E SÉRGIO RANGEL)


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