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Messi vs Neymar

Hoje, Neymar é o que Messi era ontem; fez no jogo com o Panamá uma exibição mais que aceitável

CLÓVIS ROSSI COLUNISTA DA FOLHA

A empresa que produz o videogame Fifa-2014, o mais usado por jogadores e torcedores de futebol, fez uma simulação da Copa do Brasil. Deu Alemanha, que derrota o Brasil (2 a 1) na final, após eliminar a Argentina.

Deu também que Neymar, com seis gols, será o artilheiro, o que só reforça minha convicção de que, desgraçadamente, o técnico argentino Alejandro Sabella está enganado ao achar que Lionel Messi continua sendo o Midas que transforma em ouro todas as bolas que toca.

Como torcedor fanático do Barcelona e fã incondicional do craque argentino, me dói concordar com Marcelo Sottile, do argentino "Olé", que disse que "Messi, no momento, não se sente bem com a bola. Está amarrado".

Está mesmo, faz dois anos, desde que se machucou em uma partida da Liga dos Campeões da Europa contra o PSG. No mesmo texto do "NYT", o ex-jogador e hoje comentarista Ray Hudson diz:

"A Copa chega em um momento em que há um ponto de interrogação, súbita e estranhamente, a respeito de um dos grandes jogadores que o futebol já teve".

Hoje por hoje, Neymar é o que Messi era ontem, como ficou claro nos amistosos das seleções desta semana. O brasileiro transformou um desempenho até então medíocre da seleção contra o Panamá em uma exibição mais que aceitável.

É o que Messi fazia antes: quando o Barcelona parecia no pântano, eis que ele batia uma falta, colocava a bola no mesmo lugar em que Neymar a depositou na terça-feira (3) e destravava o jogo.

Já contra Trinidad e Tobago, Messi não conseguia completar uma única jogada "messiânica", salvo por uma ou outra boa assistência.

OK, você pode até dizer que um amistoso para cada um não prova nada. Tem razão. Mas o Messi vem vindo "amarrado" faz duas temporadas, ao passo que Neymar foi a alma do Brasil também na Copa das Confederações.

O momento é pois de Neymar, não de Messi, por mais que o brasileiro tenha ficado enjaulado nesta sexta-feira (6), pela rígida marcação sérvia. Como, de resto, Messi ficou, por exemplo, em todos os jogos do Barça contra o Atlético de Madri.

Pode até acontecer de, durante a Copa do Mundo, Messi ser Messi e Neymar apenas Neymar. Mas é bom lembrar que o joguinho Fifa-2014 acertou quando fez a sua simulação da Copa de 2010, na África do Sul.


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