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Entrevista Miguel Herrera

A pressão da história não nos ajuda nas Copas do Mundo

Treinador do México, que chega hoje, tenta pela 1ª vez levar sua seleção além das oitavas

DIEGO IWATA LIMA DE SÃO PAULO

"Podemos fazer história."

É nessa possibilidade que Miguel Herrera, 46, técnico do México desde outubro do ano passado, acredita.

Se dita por alguns treinadores, tal declaração soaria presunçosa. Mas, vinda de um mexicano, nem tanto.

Se chegar às quartas de final, o México, segundo rival do Brasil, já terá feito sua melhor campanha. "A pressão da história não nos ajuda nas Copas do Mundo", avalia ele.

À Folha "El Piojo" (O Piolho), como é conhecido dos tempos de jogador, por ser chato e criador de problemas, fala da pressão sobre o time, da sensação dúbia por enfrentar o Brasil, e de Neymar.

O México chega hoje a Santos e usará no CT Rei Pelé.

-

Folha - Por que o sr. acha que o México nunca passou das oitavas nas Copas?

Miguel Herrera - A pressão da história não nos ajuda nas Copas. As seleções de base não sofrem com isso. Só que a transição, às vezes, é cruel com alguns. Contra o Brasil, na Olimpíada [Londres-2012], ganhamos a final. Mas a equipe adulta perdeu na Copa das Confederações. A pressão de um torneio adulto é maior.

O sr. enfrentará um jogador que parece não sentir esse peso. O que pensa do Neymar?

É um grande jogador. Há uma enorme pressão sobre ele, mas de outro tipo. É jogador de primeira linha, mas, na Europa, é constantemente comparado a Messi e a Cristiano Ronaldo, mais experientes. É um grande peso. Mas o Mundial pode ajudá-lo a mudar de patamar.

Dos seus 23 convocados, oito atuam na Europa. Há poucos bons mexicanos na Europa?

É uma questão ampla. A Liga Mexicana é muito forte e paga muito bem. Os jogadores não precisam ir à Europa. Os mexicanos, também, não recebem as mesmas ofertas que brasileiros e argentinos.

O sr. foi o quarto técnico do México nas eliminatórias para a Copa. Foi efetivado após três jogos. O que fez de diferente dos seus antecessores?

Ganhei a repescagem e conquistei a vaga [risos]. Dirigi oito partidas e serão dez até o Mundial.

Como vai ser enfrentar o Brasil em sua casa?

Será um privilégio e um problema. Estaremos em evidência. Mas, é claro, será um jogo muito difícil.


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