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Vista para treino em rua da Granja Comary gera briga entre vizinhos
Moradores de casas que ficam em frente a gramado querem restringir limite de pessoas em treinos; CBF diz não poder interferir em acesso
As 26 casas da rua do Campo ficam diante dos gramados de treinamento do Brasil, em Teresópolis. Ao fim das atividades, os jogadores costumam se aproximar da cerca de 1,40 metro de altura que separa o campo da rua para tirar fotos com os torcedores.
A localização da via, que à primeira vista seria um grande atrativo do local, virou motivo de briga entre vizinhos --e de queixas contra a CBF.
José Ricardo Leal, síndico da rua do Campo, diz que os seguranças contratados pelos moradores são insuficientes para controlar o acesso.
Ele diz que alguns chegam ao local por um córrego que cruza os terrenos. Também afirma que a entrada estava liberada por um portão secundário que serve de conexão entre a rua do Campo (na gleba 8) e outro setor do condomínio Granja Comary (na gleba 5).
"Tentamos negociar com os moradores da gleba 5 para estabelecer um limite de pessoas a cada treino, mas o acordo não foi obedecido."
Como retaliação, uma placa de ferro foi usada para lacrar o portão de madeira usado pelos vizinhos. No dia seguinte, o portão foi arrombado.
Representante das 180 casas da gleba 5, o síndico Cláudio Anselmo de Oliveira considera ilegal restringir o acesso à rua. "Não existe lei neste país que proíba um morador de passar por uma rua dentro de seu próprio condomínio só porque existe uma divisão de glebas", disse.
Na entrada principal para o centro de treinamento, funcionários da CBF identificam pessoas com credenciais para entrar na área. "Eles impedem a entrada pelo portão social, mas deixam a porta dos fundos aberta", criticou Leal.
A CBF diz que instalou placas para restringir a visão do campo e evitar tumultos, mas que elas foram retiradas após reclamações dos moradores e que não pode controlar o acesso em uma área residencial.
