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Badalada geração belga é cria de 'laboratório' montado há 12 anos

Atletas que chegam hoje ao Brasil são formados seguindo modelo do Bayern

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A badalada geração que pôs a Bélgica em uma Copa depois de 12 anos, e como cabeça de chave (do Grupo H), foi criada em "laboratório".

O goleiro Courtois, campeão espanhol pelo Atlético de Madri, o zagueiro Kompany, capitão do Manchester City e da seleção, e o meia-atacante Hazard, craque do Chelsea, não surgiram ao acaso. São frutos de uma parceria de mais de dez anos entre a Universidade de Bruxelas e a Federação Belga de Futebol.

A Double Pass começou a trabalhar em 2002, como resposta à decadência do futebol de um país que não havia passado da primeira fase na Eurocopa que sediou (2000) e que disputaria naquele ano seu último Mundial antes do jejum que termina agora.

"O que fazemos é ajudar os clubes a dirigir suas categorias de base e fabricar melhores jogadores. Basicamente, os ensinamos a gerenciar suas academias de formação", afirma o CEO da Double Pass, Hugo Schoukens.

Na prática, o que a empresa fez foi unificar a forma com que os clubes belgas produzem seus jovens jogadores.

O estilo de jogo é sempre o mesmo: o 4-3-3, considerado pelos mentores do projeto como o ideal para o desenvolvimento técnico e tático de crianças e adolescentes.

A ideia é formar um tipo específico de jogador, com leves adaptações dependendo da posição em que atua: alguém que tenha boa qualidade de passe, seja rápido e inteligente. Que jogue um futebol parecido com o do Bayern de Munique, time do badalado técnico Pep Guardiola.

As avaliações são constantes e possuem 400 critérios, que vão do desempenho escolar dos garotos ao aproveitamento de jogadores da base na equipe principal. Cada clube recebe um selo de qualidade dependendo do nível de excelência alcançado.

O sucesso do projeto revitalizou a seleção belga, que, depois de ocupar a 70ª colocação no ranking da Fifa na década passada, passou invicta pelas eliminatórias da Copa e é hoje a 11ª do mundo.


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