Folha de S.Paulo

Croatas prometem futebol ofensivo para surpreender

FÁBIO TAKAHASHI ENVIADO A MATA DE SÃO JOÃO (BA)

Será inspirada no futebol brasileiro que a Croácia tentará segurar o time de Felipão.

A tônica do discurso croata na fase de preparação na Bahia foi que a equipe visitante só terá êxito se conseguir impor seu estilo, de bom toque de bola. "Jogamos com a bola no chão. Temos similaridades [com o futebol brasileiro], o que é uma honra para nós", disse o zagueiro Lovren.

"Ninguém aguenta segurar o resultado jogando apenas atrás contra o Brasil", disse o meio-campista Modric.

É justamente de Modric (Real Madrid) e de seu companheiro de meio-campo Rakitic (que deve ir para o Barcelona) que a equipe espera que saiam os principais lances de ataque. Os dois já foram elogiados por Felipão.

Apesar da aposta, o treinador Niko Kovac reconhece que, em parte do jogo, o principal será se defender. "O Brasil tem buscado decidir os jogos logo no começo. E tem tido sucesso", analisou.

Além da troca de passes, a Croácia buscará espaços nos lados, aproveitando os avanços de Daniel Alves e Marcelo, indicou o atacante Olic.

PASSADO E FUTURO

Os torcedores croatas estão com altas expectativas. A presença de jogadores que atuam em alguns dos principais clubes do mundo traz a esperança de superar a geração 1998 --quando o país ficou em terceiro e teve o artilheiro do Mundial, Suker.

Mas há empecilhos. No primeiro jogo, além de enfrentar uma seleção que joga em casa e pressiona o adversário, a Croácia terá desfalques.

Seu principal atacante, Mandzukic, cumpre suspensão. Eduardo pode ser escolhido, mas Jelavic é favorito. O lateral esquerdo Pranjic, machucado, será substituído pelo lateral direito Vrsaljko.

Na defesa, Schildenfeld é dúvida, e Lovren pode jogar.

A Croácia terá de enfrentar ainda seu retrospecto. A equipe se classificou para a Copa só na repescagem das eliminatórias, contra a Islândia, e teve o pior ataque entre os europeus que estão no Mundial.