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Drone sobrevoa treino da França, que pede investigação sobre equipamento
Federação francesa temeu que avião não tripulado caísse e ferisse atletas
O uso de um drone durante o treinamento da França em Ribeirão Preto (a 313 km da capital paulista) gerou preocupações na FFF (Federação Francesa de Futebol).
O avião não tripulado foi usado pela primeira vez no treino aberto feito pela equipe na última terça-feira (10), no estádio Santa Cruz.
O equipamento foi identificado pela PF (Polícia Federal) e seu controlador foi informado que não poderia utilizá-lo dentro do estádio.
A determinação para a não utilização partiu da PF. A federação francesa alegou temor de que o drone pudesse cair e machucar algum jogador ou torcedor.
O primeiro treino aberto foi visto por 8.000 pessoas no estádio do Botafogo.
Já na quarta-feira (11), a seleção realizou um treino fechado aos torcedores.
Jornalistas puderam acompanhar somente os primeiros 15 minutos. Após a saída da imprensa, no entanto, outro drone foi visualizado dentro do estádio por agentes de segurança da FFF.
O equipamento circulou por aproximadamente cinco minutos dentro do estádio, mas foi retirado antes que a Polícia Federal ou a Polícia Militar de Ribeirão Preto pudessem identificar quem o controlava.
De acordo com o delegado da Polícia Federal Paulo Vibrio, titular de Ribeirão, o equipamento pertence a uma empresa de segurança --o nome não foi divulgado.
"O drone não é certificado pela Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], por isso não pode ser utilizado. É uma questão de segurança, não sabemos se ele pode cair e machucar alguém", afirmou Vibrio.
Ainda conforme o delegado, caso o equipamento seja flagrado em uso deve ser apreendido pela polícia.
Segundo Vibrio, o equipamento não era utilizado para obter informações sigilosas dos treinamentos ou imagens para algum veículo de comunicação.
A delegação da França deixa Ribeirão temporariamente na manhã deste sábado (14), quando embarca para Porto Alegre (RS), onde estreia neste domingo no Mundial, contra Honduras.
A Fifa disse não ter conhecimento do caso e prometeu investigar a situação.