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Maracanã revive Copa com invasão, furtos e cambistas

Torcedores pulam muro e entram sem ingresso para ver estreia da Argentina; grupo afirma ter tido tíquetes roubados na fila

MARCO ANTÔNIO MARTINS CRISTINA GRILLO DO RIO

A segurança planejada para o Maracanã falhou. Em seu primeiro jogo de Copa após 64 anos --o anterior foi a final de 1950, entre Brasil e Uruguai--, o que se viu fugiu dos chamados padrões Fifa: torcedores invadiram a arena sem ingressos, outros foram furtados nas filas. Sem falar da atuação de cambistas e ambulantes nos acessos ao estádio para a partida entre Argentina e Bósnia.

Valendo-se da desorganização e da falta de policiamento no portão D, um grupo de cerca de 30 torcedores forçou, e conseguiu, entrar no estádio sem tíquete.

Vídeo obtido pela Folha mostra pelo menos seis torcedores pulando o muro. Outros forçam o portão e conseguem entrar, para espanto dos seguranças da empresa contratada pela Fifa para a segurança no interior do estádio.

A Secretaria de Segurança do Rio disse, em nota, que "toda a operação será analisada pelas autoridades do Centro Integrado de Comando e Controle Regional".

Um porta-voz da Fifa informou que nove invasores, alguns estrangeiros, foram detidos e levados à sede da PF.

A operação Maracanã, como vinha sendo chamada, era vista com tanta importância que foi acompanhada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

A 15 minutos do início do jogo, o centro de ingressos no Maracanã estava lotado de torcedores que reclamavam terem sido furtados enquanto estavam na fila de entrada.

A falha na segurança começou a quatro horas da partida, quando o cordão de policiais que deveria ter sido formado para impedir a aproximação de pessoas sem ingresso ao estádio não foi formado. O esquema só funcionou duas horas após o previsto.

No início da tarde, na saída do metrô, cambistas abordavam livremente os que deixavam as estações, oferecendo-se para comprar ingressos sobrando ou os oferecendo por até US$ 1.000.

Sem saber que era proibido, dois franceses com um cartaz com a frase "compro ingresso" foram cercados pela polícia e liberados depois de descartar o papel.

Dois ingleses foram flagrados tentando vender ingressos e levados à delegacia móvel com um rapaz que tentava comprá-los.

O número insuficiente de voluntários levou a uma pequena confusão nas rampas do metrô, entre pessoas que chegavam e outras que voltavam porque haviam constatado ter tomado o caminho errado rumo ao estádio.

Os voluntários também falharam na separação das filas dos convidados para camarotes das dos demais torcedores, que se misturaram. Na saída, para evitar tumulto, o acesso ao metrô foi liberado a quem não tinha bilhete.


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