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Fortaleza

Desempregado e titular do México no último instante, goleiro Ochoa frustra torcida com 4 grandes defesas

BERNARDO ITRI MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A FORTALEZA ANDRÉ UZÊDA DE FORTALEZA

Em quatro atos, o goleiro mexicano Ochoa parou Neymar, evitou que a seleção brasileira encaminhasse sua classificação e frustrou a torcida nordestina que assistia pela primeira vez a uma partida do Brasil em Copas.

Craque da seleção, Neymar tentou duas vezes. Paulinho e Thiago Silva também arriscaram uma vez cada um. Todas as bolas pararam em "Memo" Ochoa, que veio ao Mundial desempregado.

A primeira tentativa de Neymar, no primeiro tempo, gerou a defesa mais plástica. Ochoa se esticou e tocou a bola com a mão para evitar que o Brasil abrisse o placar.

"Tive um pouco de sorte no lance por estar bem colocado. A bola veio muito fechada, mas consegui ter o reflexo necessário para espalmá-la", explicou o mexicano, que não teve o contrato renovado pelo modesto Ajaccio.

A equipe, que teve Ochoa como titular em 37 dos 38 jogos do Campeonato Francês, caiu neste ano para a segunda divisão. O goleiro sofreu, em média, 1,91 gol por jogo.

Nesta terça-feira (17), a sorte de Ochoa foi o azar dos milhares de torcedores nordestinos que foram ao Castelão.

Eles cantaram o hino a capela, repetindo o que vem acontecendo nos últimos jogos do Brasil. E parte deles imitou a seleção e se abraçou para entoar o hino.

"Conseguir jogar com um grande time como a seleção brasileira e não tomar gols já é um sonho", afirmou Ochoa, que, depois de ir a duas Copas do Mundo e amargar a reserva, ganhou a titularidade nos últimos instantes.

Até a antevéspera da estreia contra Camarões, no dia 13, o técnico Miguel Herrera não havia decidido se o titular seria Jesús Corona, 33, que disputou a maior parte dos amistosos, ou Ochoa.

Nesta terça, em sua segunda partida como titular --também não levou gol na estreia--, o goleiro ofuscou a nova boa atuação de Neymar.

O camisa 10 foi quem mais driblou na partida (oito vezes) e o mais foi caçado em campo (sofreu cinco faltas).

Não adiantou nem o Brasil dominar o primeiro tempo, quando chegou a ter até 70% de posse de bola. No segundo, com Ochoa salvando o time na defesa, o México criou perigo. Arriscava com frequência de longa distância, e Júlio César teve de intervir.

EQUILÍBRIO

Ao final da partida, as duas equipes se igualaram no número de finalizações: 13.

O equilíbrio foi evidente também no número de bolas perdidas (44) e desarmes (131 efetuados pelos mexicanos, ante 128 dos brasileiros).

O empate deixa o Brasil em situação menos confortável para ir às oitavas de final.

Com quatro pontos, pegará Camarões na próxima segunda (23), em Brasília, sem ter vaga garantida na próxima fase. Cenário que poderia ser evitado se vencesse o México e Camarões não ganhasse da Croácia nesta quarta.


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