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Febre amarela

Milhares de colombianos dominam o estádio Mané Garrincha, em Brasília, e deixam apoiadores da Costa do Marfim acanhados

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

A febre é amarela. Pelo menos nesta quinta (19) em Brasília, onde milhares de colombianos "invadiram" a capital federal e coloriram de amarelo o Mané Garrincha na vitória da Colômbia sobre a Costa do Marfim por 2 a 1.

Torcedores residentes na Colômbia compraram 56.260 ingressos da Copa, segundo a Fifa. A embaixada da Colômbia em Brasília esperava cerca de 10 mil colombianos na arena brasiliense, mas os torcedores do time eram a esmagadora maioria de um público total de 68.748 pessoas.

James Rodríguez, destaque do jogo, disse que a torcida foi fundamental para a vitória. "Quando vimos essa quantidade de colombianos, foi extraordinário."

Até o presidente recém-reeleito Juan Manuel Santos fez questão de assistir à partida.

No estádio, o amarelo da camisa colombiana se confundiu com o da torcida brasileira, deixando ainda mais acanhados os apoiadores da Costa do Marfim. Espremidos num canto, só eram notados nos raros momentos em que o estádio silenciava e eles balançavam seus chocalhos.

Fãs do time de Drogba se estranharam com colombianos. Insultos foram trocados, e cervejas, lançadas. Seguranças da Fifa e policiais militares entraram em ação.

Os colombianos já haviam feito barulho no Mineirão com a vitória sobre a Grécia sábado (14).

Em Brasília, havia pelo menos dois dias colombianos podiam ser vistos nos pontos turísticos.

Eles vieram ao Brasil por terra, ar e até por rio. Leo Rubiano, 47, foi de barco até Manaus. Depois, pegou um avião. Já esteve em Belo Horizonte e seu próximo destino será Cuiabá, para o jogo com o Japão na terça (24). "Estava preocupado com os protestos, mas estou achando tudo muito tranquilo."

Os preços, contudo, assustaram os colombianos. Edgar Velasquez, 51, e o filho Sebastian, 21, reclamaram do preço do transporte, em especial dos táxis. Também acharam as cidades com poucas informações em outros idiomas.

Nem todo colombiano se vira com o "portunhol". "Não entendemos nada de português, mas incrivelmente os brasileiros conseguem nos compreender", diz a administradora Nancy Roso.

Ela e o advogado Pablo Acosto visitarão Rio e Búzios, além das cidades onde a Colômbia joga na primeira fase.

Os colombianos gostam de uma barganha. Os vendedores de souvenirs dizem que eles adoram pedir desconto. "Nunca vi chorar tanto", observa a comerciante Tânia Bispo. Nesta quinta, com a vitória em campo, não teve lágrimas. Só festa amarela.


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