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Apetite

Uruguai mostra mais fome de bola, ganha por 1 a 0, elimina da Copa a tetracampeã Itália e, se passar pela Colômbia, pode reencontrar o Brasil

FABIANO MAISONNAVE MARCEL MERGUIZO ENVIADOS ESPECIAIS A NATAL

A primeira decisão da Copa foi tensa, brigada, dramática. Afinal, um tetra ou um bicampeão mundial se despediria na fase de grupos.

A Itália, tetracampeã, deu adeus. E o Brasil, que já é pentacampeão, não perderá a hegemonia neste Mundial.

Mas o "fantasma de 50" continua vivo após a alma uruguaia conquistar a vitória nesta terça (24), em Natal.

Agora o Uruguai, que mostrou muito mais gana em campo que a Itália, voltará ao Maracanã depois de, 64 anos atrás, ganhar de virada do Brasil (2 a 1) e conquistar sua segunda Copa, no evento conhecido como Maracanazo.

Os uruguaios, que sobreviveram no "grupo da morte" (depois de perder da Costa Rica e vencer a Inglaterra, outra campeã mundial), enfrentarão a Colômbia, nas oitavas de final, no sábado (28), às 17h. E podem cruzar o caminho da seleção de Felipão. Quem vencer esse duelo encara Brasil ou Chile.

Pela segunda vez consecutiva após a conquista do quarto título, em 2006, a Itália cai sem chegar aos mata-matas.

Já a Celeste fez o que os uruguaios sempre esperam: sofreu, mas venceu por 1 a 0, gol do zagueiro Godín, aos 36min do segundo tempo, após a bola bater em suas costas em jogada de escanteio.

"Tinha de ser assim, histórico, milagroso. O Uruguai está acostumado com essas coisas e sai fortalecido", resumiu Godín, capitão uruguaio.

"Uruguai é união, sacrifício. Faz parte da nossa história. A gente aproveita mais assim, é o jeito que a gente conhece de jogar bola e vencer", disse o zagueiro Lugano, fora por inflamação no joelho, mas em pé, nos últimos minutos de jogo, como se estivesse marcando a Itália.

Os uruguaios comemoraram muito o triunfo já em campo, com uma enorme torcida que fez da Arena das Dunas uma filial do estádio Centenário, em Montevidéu.

'SOY CELESTE'

No jogo, mesmo com o empate a favor dos italianos, os uruguaios cantavam muito mais nas arquibancadas.

Os gritos de "Soy Celeste" e "Voltaremos outra vez, voltaremos a ser campeões como na primeira vez", ditaram o ritmo uruguaio, principalmente depois dos 14 minutos do segundo tempo, quando o meia Marchisio foi expulso depois de cometer uma falta em Arévalo Ríos.

O temido sol do início da tarde potiguar ficou escondido entre nuvens. Mas o clima estava quente entre os atletas. Tanto que, no lance anterior ao gol, Suárez agrediu Chiellini com uma mordida.

Veio o escanteio, e Godín conseguiu o gol heroico.

A Celeste era a cor mais quente, a Azzurra já não tinha forças para reagir. Assim, os uruguaios voltam ao palco do Maracanazo, por enquanto, para jogar as oitavas.


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