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Benzema lidera França com bênção de Zidane

Atacante, descendente de argelinos, recebeu ligação do herói de 98 antes da estreia

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO RAFAEL REIS ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Reconhecido por torcida e jogadores como o atual líder da França, o atacante Karim Benzema tem na Copa a "bênção" de Zinedine Zidane, que liderou a seleção na conquista do Mundial em 1998.

Após vencer os dois primeiros jogos, a França encara o Equador nesta quarta (25), no Maracanã, para tentar terminar a primeira fase com 100% de aproveitamento pela segunda vez na história e fugir da Argentina nas oitavas.

A única vez que os "bleus" conseguiram 100% foi quando se sagraram campeões.

Protagonista da estreia contra Honduras, ao marcar dois gols --fez o terceiro nos 5 a 2 ante a Suíça--, Benzema disse que recebeu ligação de Zidane antes da partida.

O ex-meia, assistente do Real Madrid, time de Benzema, aconselhou-o a ter calma e a jogar ofensivamente. Após o jogo, Zidane ainda mandou mensagem parabenizando-o.

E, assim como ocorreu com o ex-atleta em 1998, a seleção é hoje liderada por um quase estrangeiro. Benzema, 26, é descendente de argelinos, tal como Zidane, e se recusa a cantar a "Marselhesa", o hino nacional criado durante a Revolução Francesa que perdura como símbolo máximo da identidade do país.

Mais: o centroavante do Real é muçulmano, costuma guardar o ramadã (mês sagrado em que tem de jejuar do nascer ao pôr do sol) e já entrou em guerra com a extrema direita francesa.

Em 2013, o partido ultraconservador Frente Nacional, liderado por Marine Le Pen, pediu que ele não fosse mais convocado por desrespeitar o país ao não cantar a "Marselhesa". Benzema respondeu ter muito orgulho de defender a França, onde nasceu (é de Lyon), e que o próprio Zidane não costumava entoar o hino antes dos jogos.

Mas, mais do que isso, pôs fim à fama de displicente que o persegue desde o início da carreira e passou a balançar as redes como nunca. Fez oito nos últimos oito jogos pela seleção e virou referência com o corte de Ribéry.

Se a França liderar seu grupo, pode escapar da Argentina, cuja chave será definida horas antes. "Nosso objetivo é ficar em primeiro no grupo. Mas, se pudermos evitar a Argentina, será melhor", disse o atacante Valbuena. Escapando da Argentina e mantendo a liderança do grupo, o rival será Irã ou Nigéria.

Didier Deschamps, técnico da França, disse que considera escalar quem está "com vontade de jogar" e não teve chance. Os atletas dizem que é a primeira vez que a França jogará no Maracanã, chamado por eles de "mítico".


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