Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Monumental

Provocando os brasileiros e louvando Messi e Maradona, argentinos pintam Porto Alegre de azul e branco

LÍGIA MESQUITA ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE

A dona de casa Nene Akintan, 41, estava otimista com a torcida da Nigéria na entrada do Beira-Rio, nesta quarta (25), em Porto Alegre: "Sei que somos poucos, mas faremos muito barulho".

Os nigerianos até tentaram, mas o ruído que dominou a capital gaúcha foi o dos 80 mil argentinos que desembarcaram na cidade, segundo a Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul.

Às 10h, três horas antes do início de Argentina X Nigéria, uma multidão vestida com as cores azul e branca caminhava pela avenida Borges de Medeiros rumo à arena, numa cena que poderia muito bem ser comparada ao afluxo de público nos dias de jogos da Argentina no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

Muitos não tinham ingressos --segundo a Fifa, 20 mil entradas foram vendidas para os argentinos--, mas queriam de todo jeito chegar perto do Beira-Rio, nem que fosse só para tirar uma foto.

No trajeto, o clima de festa predominou. Em uma das tendas montadas como centro cultural no percurso, uma banda de marchinhas ganhou o coro de centenas de hermanos que fizeram um verdadeiro carnaval, cantando músicas de apoio ao time.

Não faltaram, é claro, provocações à torcida brasileira e a eterna comparação entre Maradona e Pelé. "Ei, brasileiros, aguardem para voltar pra casa! Ou melhor, para ficarem em casa!", gritava o estudante Pablo Rodriguez, 26.

Fantasiado com uma cabeça gigante com o rosto de Caniggia, autor do gol que eliminou o Brasil da Copa-1990, o diretor de publicidade Santiago Dulce, 33, fazia piada: "Cani é tão querido. O Brasil se lembra dele com saudade, por isso a homenagem".

SEM INGRESSO

Na hora da partida, os torcedores que não conseguiram comprar ingressos de cambistas se dirigiram à Fan Fest.

Com o espaço lotado, o jeito foi ver o jogo em outro telão, em um terreno ao lado.

No "puxadinho" da festa oficial da Fifa, os argentinos se sentiram em casa, comendo churrasco vendido por ambulantes e tomando Fernet com Coca-Cola, a bebida preferida no país vizinho.

Levantando a todo momento um boneco grande de papelão com a cara de Messi, o comerciante Damián Senise, 35, da Grande Buenos Aires, enaltecia o camisa 10.

"Messi é o melhor do mundo! Não importa se a Argentina joga mal, o que importa é que ele resolve", dizia.

Felizes com a vitória, os argentinos seguiram para os bares do bairro Cidade Baixa.

A publicitária Raquel Gartner, 25, de Missões, era uma das poucas mulheres na maré argentina. "Não podia perder a chance de estar numa Copa. E estou me sentindo em casa aqui", afirmou ela, que posava para fotos beijando uma imagem de Neymar. "Messi pode ser melhor, mas Neymar é mais gato, mais simpático, cheio de charme."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página