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Vilão em 2010, Júlio César justifica confiança de Felipão

Goleiro defende dois pênaltis, garante vaga nas quartas e é ovacionado no Mineirão

BERNARDO ITRI MARCEL RIZZO SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A BELO HORIZONTE

O goleiro Júlio César justificou neste sábado (28) a confiança de Luiz Felipe Scolari.

Um dos principais culpados pela eliminação no Mundial da África do Sul, em 2010, o ex-flamenguista garantiu, na decisão por pênaltis, a classificação da seleção brasileira para as quartas de final da Copa do Mundo.

O adversário da próxima fase será a Colômbia, que derrotou o Uruguai. O jogo, inédito em Copas, será em Fortaleza, na sexta-feira (4).

Júlio César defendeu duas cobranças de pênalti dos chilenos e foi ovacionado pelo Mineirão lotado. Ele contou com um estímulo especial do goleiro reserva Victor, que, antes das cobranças, deu-lhe o terço utilizado na vitoriosa campanha do Atlético-MG na Libertadores-2013. O "amuleto" ficou atrás da linha do gol.

Júlio César, de 34 anos, que atuou nos últimos meses no modesto Toronto FC, do Canadá, era contestado por parte da torcida, mas sempre foi o preferido de Felipão.

"É muito complicado deixar uma Copa tachado como vilão. Tive que ter um equilíbrio emocional muito grande. O jogo mostrou que nada é por acaso na vida", disse o goleiro, que falhou no gol de empate na derrota, de virada, para a Holanda, em 2010.

Com as defesas neste sábado, Júlio César igualou a façanha do seu ídolo, Taffarel.

O ex-goleiro gaúcho foi o responsável pela última vitória da seleção por pênaltis em Copas, quando ganhou da Holanda a vaga na decisão em 1998, na França.

'FORÇA MAIOR'

"Se você tem um sonho, corra atrás dele. Não desista nunca. Sei que ainda não ganhamos nada, mas essa partida me dá uma força ainda maior", acrescentou o goleiro, que ficou cerca de seis meses na reserva do Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa, após a conquista da Copa das Confederações, no ano passado.

Eleito pela Fifa o melhor do jogo contra o Chile, Júlio César chorou antes e depois da cobrança dos pênaltis.

A vitória dramática foi definida na última cobrança da série de cinco, desperdiçada por Jara na trave. David Luiz, Marcelo e Neymar converteram os pênaltis. Willian e Hulk desperdiçaram.

No tempo normal, a partida terminou 1 a 1. O zagueiro David Luiz, que foi dúvida por causa de dores nas costas, abriu o placar após escanteio. Ainda no primeiro tempo, o Chile aproveitou falha de Hulk no campo de defesa e Alexis Sánchez empatou.

Na segunda etapa, Hulk fez um gol, mas o árbitro anulou alegando toque de mão.

Na tensa prorrogação, os dois times não conseguiram marcar, apesar da série de lances emocionantes. Quase no fim, Pinilla acertou o travessão de Júlio César.

Além de triunfar no primeiro mata-mata desta Copa, Felipão coleciona 17 partidas invictas em partidas oficiais como treinador do Brasil. A seleção manteve também a série de 39 anos sem perder um jogo oficial no Brasil.

A vitória ainda livrou o Brasil de um dos maiores vexames da história dos Mundiais. Nunca um país campeão foi eliminado tão precocemente ao sediar a Copa em casa.

"Já tive grandes momentos na carreira. Mas falta a última página do livro. Quero beijar a taça no Maracanã", concluiu Júlio César, referindo-se ao palco da final da Copa, no dia 13 de julho.


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